Eis o Cordeiro de Deus*

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João 1.29-34

Ouvidos Atentos

O texto de João 1.19-34 narra o testemunho de João  Batista em duas partes: primeiro relata o testemunho dele acerca de si mesmo (a voz clamando no deserto, vv. 19-28), e em seguida o testemunho dele acerca de Jesus (vv. 29-34). O propósito deste segundo texto é afirmar que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo no poder do Espírito Santo. 

Para entender a importância desta mensagem, é importante olhar primeiro para seu significado para os ouvintes de João. O cordeiro tinha importância histórica e religiosa para o povo judeu, pois o sacrifício do cordeiro foi instrumental na libertação do povo hebreu do Egito (Ex 12). Mais tarde a lei ordenou que usassem cordeiros nos rituais de purificação (Lv 14) e em sacrifícios de reconciliação (Lv 4). Ao identificar-se como a voz que clama no deserto (Is 40), João Batista também estava apontando seus ouvintes para o retrato do servo sofredor do profeta (Is 52, 53). João fez uma afirmação tão importante quanto surpreendente: Jesus era o Cordeiro que, diferente dos inúmeros cordeiros sacrificados ao longo do séculos, tiraria, uma vez por todas, o pecado do mundo.

Com a chegada do Cordeiro, João também reafirmou sua posição como aquele que preparava o caminho para o Messias. Ele apontou a diferença entre seu batismo, no qual ele usava água, e o batismo de Jesus, que seria no Espírito. O seu apontava para a presença do pecado, para demonstrar arrependimento dos pecados (v. 31). Ele explicou a importância da presença do Espírito de Deus como confirmação da identidade messiânica (vv. 32-33). Jesus como Cordeiro de Deus se sacrificou para livrar os homens da condenação do pecado, os tornando purificados diante de Deus. Jesus batiza com Espírito Santo para que o coração dos homens sejam direcionados à obediência, vencendo a escravidão do pecado.

* Este guia se baseia na mensagem do Pr. Alex no dia 9 de abril de 2023.

Corações Abertos

A mensagem acerca do Cordeiro de Deus em João 19.29-34 tem várias implicações para nós hoje. Isso é porque a igreja é o povo de Deus da Nova Aliança mediada por Jesus, o Cordeiro de Deus. Este elo entre Deus Pai, o Cordeiro (Deus Filho) e o Espírito Santo se vê claramente em Hebreus capítulo 10.

O texto estabelece que o Cordeiro é um sacrifício superior aos sacrifícios oferecidos anteriormente, pois eram apenas sombras que apontavam para o Seu sacrifício, uma vez por todas.

É por meio deste sacrifício superior do Cordeiro, Jesus, que somos feitos povo da Nova Aliança. Você já considerou a perfeição do sacrifício de Jesus? Até hoje, inúmeras religiões (algumas chamadas “cristãs”) continuam exigindo ritos e sacrifícios do seus fiéis para agradar a Deus. Tem considerado como, em Cristo, nós temos o sacrifício perfeito? “Ora, onde há remissão de pecados, não existe mais necessidade de sacrifício pelo pecado” (Hb 10:18).

Nesta Nova Aliança o Espírito Santo age em nosso coração para viver em santidade diante de Deus. 

Por isso, podemos chegar diante do trono da graça, tendo Cristo como sumo-sacerdote intercedendo por nós diante do tabernáculo celeste, apresentando a si mesmo Cordeiro morto para nossa purificação (Hb 10.19-25; cf. 4.14-16).

Em Hebreus 10.22-25, o autor dá quatro comportamentos ou ações que os crentes podem exercer justamente porque o Cordeiro deu o Seu sangue por nós. Ele fala de nos aproximar de Deus, guardar a confissão da esperança, cuidar de animar uns aos outros, e de nos congregar uns com os outros. Ou seja, a nossa adoração diante do Pai, comprada pelo sangue de Cristo acontece quando vivemos juntos na vida da igreja reunida. 

Mãos Estendidas

Por ser um domingo em que observamos a Ceia juntos, a mensagem foi especificamente aplicada à ceia como o memorial do sacrifício do Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo.

O pão lembra o corpo de Cristo que como nosso Cordeiro foi morto para remissão dos nossos pecados. 

O vinho nos lembra do sangue do Cordeiro, como símbolo da Nova Aliança, assim como Moisés apresentou a Israel o sangue de animais como símbolo da Antiga Aliança. 

Na Ceia olhamos para o passado e nos lembramos de Jesus, o Cordeiro que foi sacrificado na cruz, há dois mil anos, um único sacrifício em favor do pecado de toda a humanidade. O sangue que correu pela madeira da cruz para que a morte não nos alcançasse mais. 

Na Ceia olhamos para o presente, para o povo do Cordeiro reunido aqui, devido ao mesmo sacrifício.  Ao compartilhar o mesmo pão, que simboliza o mesmo corpo, somos feitos participantes do mesmo corpo do Cordeiro e nos tornamos membros uns dos outros (1 Co 1.16-17). 

Na Ceia olhamos para o futuro onde o Cordeiro é adorado por todos diante do Trono de Deus (Ap 5.6, 9); onde o Cordeiro vencerá e venceremos com Ele (Ap 17.4); onde celebraremos a Grande Ceia das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-8).

Quando você participa da Ceia do Senhor, você procura lembrar-se, verdadeiramente, do Cordeiro de Deus, que tirou os seus pecados? Como cada um dos elementos aponta para o Seu grande e todo suficiente sacrifício?

Mentes Ocupadas

Nossa leitura bíblica desta semana:

Dia 1

Isaías 52.13-53-12

Dia 2

Ezequiel 36.25-27

Dia 3

Mateus 3.1-17

Dia 4

João 1.19-34

Dia 5

Hebreus 9.13-15

Dia 6

Hebreus 10.12-25

Dia 7

Apocalipse 5.1-14

Quem você não é? Quem você é?*

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João 1.19-28

Ouvidos Atentos

Quem você não é? Quem você é? Essas foram as duas perguntas centrais da exposição de João 1.19-28. É importante que saibamos responder essas perguntas, pois saber quem não somos e quem nós somos nos leva a testemunhar de Jesus com humildade

Logo após encerrar a introdução do seu evangelho, o apóstolo João narra dois momentos, um no qual João o Batista é questionado pelos líderes judaicos sobre sua identidade (vv. 19-28) e outro no qual ele identifica Jesus como o Messias (vv. 29-34). Havia uma expectativa entre os judeus da vinda do Messias, da chegada do profeta Elias para anunciar sua chegada (Ml 4.5-6) e daquele profeta maior que Moisés há tanto tempo prometido (Dt 18.18). Quando João começou seu ministério no deserto, a liderança judaica enviou sacerdotes para ver se ele era um destes. João foi bem claro: ele não era o Messias, nem Elias (mesmo que viesse no espírito daquele profeta, realizando a profecia de Malaquias) e nem o profeta. Ele sabia quem não era.

Frustrados, os sacerdotes finalmente fizeram a pergunta certa: quem é você, então (v. 22)? E João o Batista respondeu, se identificando com outra profecia: “Eu sou ‘a voz do que clama no deserto: Endireitem o caminho do Senhor’.” (v. 23). João entendia quem ele não era: o Cristo (v. 20). Ele também entendia quem ele era: o mensageiro que prepara o caminho para Ele. 

Além disso, João entendia (naquele momento, mais do que qualquer outra pessoa) quem Jesus era. No dia seguinte (v. 29) iria identificar Jesus como o Cordeiro de Deus (v. 29). Ele afirmaria que Jesus tinha a primazia (v. 30); que tinha um batismo superior (v. 33) e por fim, que Jesus era o Filho de Deus (v. 34).

Mas por ora, para aqueles sacerdotes que o questionavam, ele mostrou grande humildade e afirmou que seu batismo era com água (ainda não revelando o batismo no Espírito de Jesus) e que ele de fato não era digno de desatar as sandálias Daquele que viria, Aquele que os sacerdotes nem conheciam (v. 26). João testemunhou com humildade de Jesus, pois ele sabia nitidamente quem ele não era, quem ele era e, mais importante, quem Jesus era.

* Este guia se baseia na mensagem do Pr. Alex no dia 2 de abril de 2023.

Corações Abertos

O texto de João 1.19-28 tem várias implicações para nós a partir do exemplo de João o Batista.

Quem não somos.

Assim como João Batista, não somos os salvadores de ninguém. Essa verdade leva à humildade, porque corrige qualquer soberba ou vaidade que possamos ter acerca de nossa parte no plano de Deus. Essa verdade também deve levar à maior liberdade, pois não somos responsáveis pelas decisões tomadas por outros, mas sim pela mensagem que receberam de nós.

Não somos ninguém especial para que as pessoas criem grandes expectativas a nosso respeito. No mundo dos influenciadoresonline, é muito fácil achar que somos mais do que somos. Também é muito fácil achar que outras pessoas são mais do que realmente são. Só existe um Cristo e nenhum de nós somos Ele!

Quem somos.

Assim como João Batista foi o precursor do Rei, nós somos proclamadores das Boas Novas do Reino. Você conhece o seu lugar no reino de Deus? Como sabe? Decisão ou avaliação pessoal? Já considerou como Deus instituiu a igreja local para que tenhamos mutualidade, até no reconhecimento de dons? A igreja é a voz do Evangelho na presente geração.Você é membro de um corpo (não é autônomo); como está vivendo esta realidade?

Quem Jesus é.

Ao reconhecer sua limitação e permitir que Deus aja, você verá coisas grandiosas. Muito do que se passa por fé em Deus é, na verdade, fé nas nossas próprias expectativas. Expectativas equivocadas levaram judeus fiéis (ao judaísmo) a crucificaram o Messias tão esperado. Coloque Deus em Seu devido lugar. Ao reconhecer sua pequenez, você permite que Deus seja grande na sua vida.

Saber quem Jesus é e quem nós somos nos leva a testemunhar com humildade.

Mãos Estendidas

Você entende quem você não é?

Não queira assumir o papel de Jesus. João entendeu: O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim. (Jo 3.26-30)

O apóstolo Paulo entendeu: …Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo? (1 Co 1:13)

Você já entendeu? Como isso se apresenta em sua vida espiritual? Em seu testemunho acerca de Jesus para outras pessoas?

Não queira assumir um papel que não lhe cabe. Nós estamos seguindo o plano de Deus, que conhece cada um de nós e nosso papel em Seu plano.  Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. (Rm 12:3)

Reconheça sua missão, reconheça sua limitação e veja o que Deus fará. Seja humilde e reconheça que você não pode fazer a missão sem Deus. Na obra de Deus, não seja orgulhoso. Testemunhe do que Deus faz e não do que você faz.

Você entende quem você é?

Você é uma voz que transmite qual mensagem? É muito fácil cair na cilada de falar daquilo que achamos importante ou que responde a alguma atualidade. Mas precisamos falar a mensagem de Deus em Cristo.

Fale do Evangelho para as pessoas a sua volta. Pense em quanto as pessoas sabem a nosso respeito pelas mídias sociais. Sabem que você é, acima de qualquer outra coisa, uma voz que proclama o evangelho de Jesus? Seja uma voz, por meio de seu testemunho, uma voz que apresenta Cristo às pessoas.

As pessoas à sua volta sabem quem Jesus é por causa do seu testemunho?

Mentes Ocupadas

Nossa leitura bíblica desta semana:

Dia 1

João 1.19-34

Dia 2

Mateus 3.1-12 

Dia 3

Dt 18:15-22

Dia 4

Isaías 40.1-9

Dia 5

Mateus 11.1-15

Dia 6

João 3.26-30

Dia 7

Mateus 17.9-13

O Último Episódio do “Podes Crer”

Podes Crer Title

Quando comecei a série de mensagens “Podes Crer” em junho de 2015, avisei que não seria uma minissérie, mas sim uma novela. Quase três anos depois, com 86 mensagens, a série de estudos do evangelho de João cumpriu o prometido.

Aqueles que acompanharam a série trilharam a vida de Jesus pela perspectiva singular de João, que, sob a inspiração do Espírito Santo, selecionou sinais miraculosos, discursos, diálogos e eventos específicos da vida de Cristo e os organizou com um propósito em mente: para que os leitores creiam “que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome” (Jo 20.31). Ou seja, leitor: podes crer em Jesus Cristo, Filho de Deus.

Ao longo da série, escrevi guias de estudo de quase todas as mensagens (e ainda pretendo terminar e postar os três que faltaram). À medida que escrevia os guias, eu também atualizava uma página organizada pelas datas das pregações. Agora, com o final do “Podes Crer”, atualizei a página dedicada à série; os guias agora estão organizados pelas minisséries que usamos para dividir e estudar o livro.

No final da página, também incluí duas “Cenas Pós-Créditos” que resumem e organizam os estudos acerca de dois aspectos importantes do livro de João: os setes sinais que ele escolheu relatar e os sete discursos de “Eu Sou” que Jesus declarou.

A minha esperança é que esses guias de estudo levem você, leitor, a apreciar e amar esse tremendo evangelho de João, e que o estudo da Palavra de Deus fortaleça a sua fé em Jesus, o Cristo, o Filho de Deus.

A Pedra Frágil (2): Pedro, Restaurado

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JOÃO 21.15-25

ouvidos-atentos

Observamos como João 21.1-14 serviu para levar Pedro ao encontro de Jesus na praia. Usamos a ideia do “flashback” para falar de como a pesca miraculosa desse capítulo pode ter levado Pedro a lembrar da sua vida com Jesus desde o seu chamado na primeira pesca miraculosa (Lc 5.1-11). Nos próximos cinco versículos (vv. 15-19a), João registra a restauração pública de Pedro diante dos outros discípulos. Por fim, os vv. 19b-25 silenciam um boato estranho sobre a sua longevidade e afirmam a genuinidade do seu testemunho no seu evangelho. Continuar lendo

A Pedra Frágil (1): Pedro, Desconstruído

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JOÃO 21.1-14

ouvidos-atentos

Chegamos à reta final. No capítulo 21, João conclui o seu evangelho com um acontecimento indispensável para a história da igreja primitiva: a restauração de Pedro. A história não é uma “cena pós-créditos” que João acrescentou por acaso no final do seu evangelho; ela preenche a lacuna que explica como chegamos do Pedro que negou a Cristo durante Seu julgamento nos evangelhos ao Pedro que pregou Cristo no dia de Pentecostes depois de Sua ascensão em Atos 2. Observaremos esse relato em duas mensagens: na primeira, buscamos entender a cena na praia de João 21.1-14 à luz da vida de Pedro como discípulo de Jesus; na segunda, veremos nos vv. 15-25 como Jesus o restaurou e o preparou para ser líder da Sua igreja depois da Sua ascensão. Continuar lendo

Podes Crer (3): Evidente aos que Creem

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JOÃO 20.19-31

ouvidos-atentos

Tendo examinado as evidências físicas e as testemunhas oculares da ressurreição de Jesus, João aborda mais um grupo de pessoas com relação à fé em Cristo: as pessoas que não viram, mas mesmo assim creram nEle. O texto de João 20.19-31 cria uma ponte entre as testemunhas oculares da ressurreição—nesse caso, dez dos discípulos—e a importante questão da fé naquilo que não vemos, mas somente ouvimos falar. Continuar lendo

Podes Crer (2): Evidente aos que Viram

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JOÃO 20.11-18

ouvidos-atentos

Depois de demonstrar as evidências físicas da ressurreição de Jesus, João reforça seu argumento em favor da ressurreição com o testemunho de algumas pessoas importantes, as testemunhas oculares do Cristo ressurreto. Especialmente importante é o testemunho de Maria Madalena. Continuar lendo

Podes Crer (1): Evidente pelo que se Vê

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JOÃO 20.1-10

ouvidos-atentos

Chegamos ao clímax do evangelho de João. Pois é, por mais importante que seja, o foco central da sua história não é a crucificação, e sim a ressurreição de Jesus. Isso não diminui a importância salvífica da crucificação, mas como Paulo explica, “Se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados” (1 Co 15.17). Já que o propósito central de João é apresentar evidências e testemunhas verdadeiras de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (20.30, 31), seu relato da ressurreição é um pouco diferente dos relatos dos outros evangelistas. Primeiro, ele foca em apenas uma mulher, Maria Madalena, embora outras também fossem ao túmulo naquela manhã, pois ela se tornou a primeira testemunha ocular da ressurreição. Em segundo lugar, ele apresenta provas físicas da ressurreição: a pedra removida e os panos no túmulo. Naqueles dias, o testemunho de uma mulher não teria muito peso, portanto ele apresenta mais duas testemunhas—homens e apóstolos—que também viram essas provas. Continuar lendo

Missão Cumprida (2): O Sepultamento

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JOÃO 19.38-42

ouvidos-atentos

A cena do sepultamento no evangelho de João é tão breve que nem parece necessário dedicar uma mensagem inteira só para alguns versículos de narrativa, mas há algumas informações muito interessantes nessa breve história. Continuar lendo