Jesus e a Festa dos Tabernáculos (6): As Marcas do Falso Discípulo (2)

CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR O GUIA EM PDF.

JOÃO 8.39-47

OUVIDOS ATENTOS

Na mensagem de domingo concluímos a minissérie “As Marcas do Falso Discípulo” (Jo 8.31-47). Dentro do contexto do ensino de Cristo na festa dos tabernáculos, observamos que um grupo dos judeus (liderança religiosa) creu em Jesus (v. 30), mas quando responderam a afirmação de Jesus sobre o próximo passo para a verdadeira fé (vv. 31, 32), demonstraram que não eram verdadeiros discípulos de Cristo. Portanto examinamos quatro marcas de um falso discípulo: cegueira, escravidão, surdez e ilegitimidade. Estudamos a cegueira e a escravidão na primeira mensagem, e neste domingo abrimos as marcas de surdez e ilegitimidade.

Da mesma forma que a sua cegueira se manifestou no fato que não enxergavam a sua escravidão, a surdez deles apontava para sua ilegitimidade. Jesus afirmou quatro aspectos da sua surdez: Eram incapazes de receber a Palavra de Jesus porque não havia lugar neles para Sua palavra (v.37); não ouviam a Jesus porque estavam ouvindo outro mestre (v. 38); eram incapazes de ouvir a Palavra de Jesus (v. 43); e talvez a acusação mais devastadora: não ouviam porque não pertenciam a Deus! (v. 47). Essa última afirmação é importante porque mostra o relacionamento entre o ouvir e o pertencer. Jesus declarou que a surdez deles procedia do fato que não pertenciam a Deus.

A quem pertenciam, então? Jesus afirmou claramente, “Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo” (v. 44). Eram surdos à Palavra de Jesus porque eram filhos do diabo! Como evidência, Ele explicou: eles faziam o que ouviam do pai deles (v. 38), porque defendiam a mentira contra a verdade de Jesus, e o diabo é o pai da mentira (v. 44). Faziam as obras do pai deles (v. 41), porque queriam matar Jesus, e o diabo foi homicida desde o princípio (v. 44). Não ouviam Sua voz, porque pertenciam ao pai deles (44), e pelas obras demonstravam que queriam realizar o desejo do diabo (44). Contrastou a atitude e o comportamento deles com os verdadeiros filhos/discípulos de Deus que não só permanecem na Sua Palavra (v. 31), mas também amam a Jesus (v. 42), creem em Jesus (v. 45), tudo porque, de fato, pertencem a Deus (v. 47).

CORAÇÕES ABERTOS

A aplicação espiritual pessoal deste trecho é a mesma da semana passada: uma pessoa pode achar que é discípulo de Cristo, e de fato ser um falso discípulo. Mas o texto desta semana esclareceu uma verdade mais pesada ainda: que estes falsos discípulos são, de fato, filhos do diabo, que pertencem a ele e o imitam! Não há um meio-termo; ou pertencemos a Deus, ou pertencemos ao inimigo de Deus. [Explicamos que isso de modo algum ensina que o diabo está em pé de igualdade com Deus. Ele é uma criatura rebelde, não outro deus.]

Convém esclarecer novamente: o intuito desta mensagem não é criar dúvida no cristão; podemos e devemos ter certeza da salvação em Cristo. Mas devemos ter certeza embasada nas verdades bíblicas, e não em outros critérios criados por seres humanos.

A resposta correta para passagens como esta deve ser uma atitude de grande seriedade; Deus não está brincando. Temos apenas esta vida momentânea para resolver assuntos de importância eterna!

Discuta com o seu grupo:

O que mais marcou você no estudo sobre os falsos discípulos?

Que lição prática você aprendeu para sua vida espiritual pessoal?

Aprendeu alguma lição que vai alterar como você entende a sua vida em Cristo? Que vai alterar sua interação com outras pessoas à sua volta?

Você busca diariamente ouvir a Palavra de Deus (a Bíblia), e demonstrar pelas suas obras (atitudes e comportamentos) que você realmente pertence a Deus?

MÃOS ESTENDIDAS

Vamos por em prática aquilo que aprendemos durante as duas mensagens sobre o falso discípulo.

A mensagem de Jesus é ofensiva ao pecador. Antes de chegarmos às boas novas da salvação em Cristo, o Evangelho certamente é ofensivo também. O interessante é que não pensamos duas vezes ao deixar um médico remover ou amputar parte do nosso corpo para salvar a nossa vida, mas resistimos à ofensa do Evangelho que visa salvar a nossa alma!

É claro que Jesus tinha um conhecimento das pessoas que nós não temos. Nós temos que compartilhar o Evangelho—até as partes ofensivas—mas de tal forma que deixa claro que nós somos tão necessitados da graça quanto a pessoa a quem evangelizamos; e que nós amamos as pessoas e compartilhamos porque acreditamos que Deus deu a única resposta para nossa salvação em Jesus Cristo.

Tarefa: Pense nas pessoas da sua vida que não conhecem a Cristo, ou que talvez estejam vivendo a vida do falso discípulo—crendo que são discípulos mesmo que não sejam. Escolha uma pessoa esta semana, anote o seu nome, e considere:

Que oportunidades naturais você tem para compartilhar o evangelho com essa pessoa? Momentos que já ocorrem, contatos que você já tem com ela? Como você está usando estes momentos para abrir um diálogo sobre a sua fé em Cristo?

Que oportunidades você pode criar para compartilhar o evangelho com essa pessoa? Já convidou para tomar um café? Marcou um tempo para conversar? Usou algum gancho, como uma situação na vida dela, para falar de Cristo?

Você está orando por essa pessoa? Pediu a Deus por oportunidades naturais, ou momentos estratégicos para falar de Cristo para ela? Como você está planejando “amizades estratégicas” para levar pessoas a Cristo, ou ajudar falso discípulos a enxergarem sua situação e ouvirem a Deus?

MENTES OCUPADAS

Dia 1

João 8.31-38

Dia 2

João 8.39-47

Dia 3

Gênesis 15.1-6

Dia 4

Romanos 4.1-6

Dia 5

Tiago 2.18-26

Dia 6

Gálatas 3.1-9

Dia 7

Romanos 4.13-25

Jesus e a Festa dos Tabernáculos (6): As Marcas do Falso Discípulo (1)

CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR O GUIA EM PDF.

JOÃO 8.31-38

OUVIDOS ATENTOS

Na mensagem de domingo voltamos à série “Podes Crer” e à minissérie de Jesus na festa dos tabernáculos. De fato, começamos uma minissérie que se encaixa nestas duas primeiras, um estudo das marcas do falso discípulo. Parece estranho estudar o falso discípulo em vez do verdadeiro, mas é justamente isso que o texto de João 8.31-47 enfatiza: aqueles que “criam” em Jesus, mas que não eram verdadeiros discípulos.

Isso é uma mensagem importantíssima de João: nem toda “fé” é fé verdadeira. O texto diz claramente que depois da discussão dos vv. 13-29, muitos da liderança judaica creram em Jesus (v. 30). Mas é justamente este grupo de “crentes” que Jesus denuncia como incrédulos no trecho 8.31-47! Como é possível? Vimos que João relata dois passos importantes do verdadeiro discípulo: primeiro, ele crê que Jesus é o Cristo (8.24; lembrando o propósito do livro como o todo, 20.31). Jesus acrescenta que o próximo passo do verdadeiro discípulo é permanecer na Sua palavra, e assim conhecer a verdade e ser libertado pela verdade da Palavra (vv. 31, 32). Estes homens acreditaram até certo ponto no ensino de Jesus, mas não tomaram o próximo passo necessário para a fé verdadeira e salvadora.

Já o falso discípulo apresenta quatro marcas: cegueira, escravidão, surdez e ilegitimidade. Na mensagem de domingo só estudamos as primeiras duas marcas apresentadas na primeira parte da conversa entre Jesus e “aqueles que haviam crido nEle”. Jesus afirmou que sua fé os libertaria se permanecessem na Sua Palavra (vv. 31, 32). A resposta deles demonstrou que eles não viam a sua própria escravidão: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?” (v.33). Desde o início, o povo judeu havia experimentado séculos de escravidão! Eles estavam naquele momento sob o jugo de Roma. E, como todo ser humano, nasceram escravos do pecado. Jesus estava brilhando a Sua luz na condição espiritual deles, mas eles rejeitavam a noção de serem escravos pois eram espiritualmente cegos.

CORAÇÕES ABERTOS

A aplicação espiritual pessoal deste trecho é bastante claro: uma pessoa pode achar que é discípulo de Cristo, e de fato ser um falso discípulo!

Mateus 7.21-23 deixa isso muito claro: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!’”

Esta mensagem de João é um alerta, mas não é para fazer ninguém duvidar da sua salvação. A Bíblia ensina que podemos ter a certeza da nossa salvação. Mensagens como esta servem para lembrar que o verdadeiro discípulo deve se certificar que:

  • crê verdadeiramente em Jesus como o Cristo,
  • e que permanece em Sua Palavra, e portanto é livre, verdadeiramente um filho de Deus.

Algumas perguntas pertinentes seriam:

Se digo que sou cristão, em que estou baseando esta afirmação? Tenho fé na minha religião, igreja, a fé dos meus pais, ou coisa parecida? Ou somente a fé em Cristo—e graça mediante a fé?

O que é mais importante para mim, ser visto como cristão (rótulo), ou ser um cristão (realidade)? Cristo é uma grife, ou é de fato Aquele que me salvou e transformou? Sou filho ou escravo?

MÃOS ESTENDIDAS

É muito fácil usar mensagens como esta para julgar a espiritualidade alheia. É muito fácil enxergar o pecado dos outros, mas devemos lembrar que nossa atitude, até em relação aos falsos discípulos, deve ser de compaixão.

Temos que observar dois aspectos do seu testemunho:

Sua fala. O que essa pessoa declara reflete a verdadeira mensagem do evangelho que se encontra na Palavra de Deus? Suas palavras demonstram uma fé verdadeira em Jesus Cristo?

Sua conduta. A vida dessa pessoa é coerente com o comportamento de um discípulo verdadeiro? Demonstra um amor pelos mandamentos e princípios bíblicos? Demonstra um entendimento da verdadeira liberdade dos seus pecados?

E se chegarmos à conclusão que uma pessoa não é um verdadeiro discípulo? Isso significa que somos melhores do que ela? Que devemos desprezar ou nos afastar dela?

Claro que não! Uma vez que resolvemos a questão em nosso coração, a nossa atenção deve se voltar a compartilhar a verdade com pessoas que não conhecem o evangelho, ou aquelas que vivem na cegueira e escravidão do falso discípulo.

Você conhece alguém que pela fala é crente em Cristo, mas pela vida demonstra que não é verdadeiramente livre? Alguém que segue uma religiosidade que parece cristã, mas que de fato é vazia e escrava?

Qual a sua atitude em relação aos falsos discípulos?

Qual foi a atitude de Jesus em relação àqueles falsos discípulos?

Como você pode tomar passos práticos para evangelizar pessoas que demonstram ser falsos discípulos?

MENTES OCUPADAS

Dia 1

João 8.31-38

Dia 2

João 8.39-47

Dia 3

Mateus 7.21-23

Dia 4

1 João 2.18, 19

Dia 5

2 Coríntios 4.1-18 (esp. vv. 3-6)

Dia 6

Lucas 4.14-21

Dia 7

Mateus 11.1-6