A Bacia e a Toalha: Santidade e Serviço (2)

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JOÃO 13.12-20

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Neste domingo terminamos a minissérie em duas partes, “A Bacia e a Toalha: Santidade e Serviço”, na continuação da série “Podes Crer” do evangelho de João. Estudamos a  segunda parte de João 13.1-20, onde o Evangelista registra o momento em que Jesus lavou os pés dos Seus discípulos.

O texto que estudamos no domingo se divide em duas partes. Na primeira, Jesus explicou o sistema de valores que deve nortear e governar o pensamento do discípulo de Cristo acerca do serviço cristão. Vimos que Jesus, o Mestre, se humilhou para servir os Seus seguidores. Ele declarou que Ele é, inquestionavelmente, o Mestre. Mas por fazer um ato de serviço tão baixo, Ele estava estabelecendo um exemplo de serviço humilde para os seus discípulos. Se Ele, o Mestre, se dispôs a lavar os pés deles, eles precisavam ter a mesma atitude e comportamento como Seus servos. Muito importante é como Jesus afirmou que Seus seguidores, os servos, não devem procurar se exaltar. Devem seguir o exemplo do Mestre. Pense bem no que Ele disse: “Nenhum escravo é maior do que seu senhor, e Eu, Seu Senhor, acabei de demonstrar que estou disposto a fazer o serviço mais baixo possível. Quem quiser ser mais do que o escravo dos outros está tentando usurpar uma posição acima da Minha!”

Ao falar da traição de Judas na segunda parte do texto, Jesus demonstrou alguns princípios importantes acerca da Palavra de Deus. Da mesma forma que Jesus foi obediente à Palavra, Seus discípulos devem segui-Lo nesta obediência. Da mesma forma que a Sua palavra sobre Judas veio a acontecer, devemos crer no Mestre pois Sua própria Palavra se cumpriu. Finalmente, precisamos receber a Cristo e a Deus Pai, pois Ele nos deu Sua Palavra que fé nEle é igual à fé em Deus Pai.

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Observamos como o texto de Filipenses 2.1-11 se encaixa muito bem como uma lente para entendermos melhor o texto de João 13.1-20. A prática de lavar os pés não foi entendida literalmente entre os discípulos dos dias de Cristo ou dos apóstolos, mas a lição daquela cena certamente marcou o ministério dos Seus seguidores.

Paulo queria encorajar o mesmo espírito de serviço nos seus leitores. Ele não falou do momento que Jesus removeu Suas vestes para cingir-se com a toalha e lavar os pés dos discípulos com água. No entanto, ele retratou algo semelhante: Deus Filho colocando de lado o uso dos Seus atributos divinos (“esvaziando-se”) para cingir-se de forma humana para purificar a humanidade com o Seu sangue.

Este é o exemplo que temos: Jesus Cristo, nosso Mestre.

Avalie a sua vida. Estar em Cristo (ser um dos Seus seguidores pela fé) lhe dá motivação? O exorta em amor? Cria comunhão com outros crentes no Espírito? Estimula profundo afeto e profunda compaixão?

Você segue a exortação de Paulo? Se está em Cristo, isso está resultando em um mesmo modo de pensar (unidade de pensamento com outros cristãos)? Está concretizando num amor singelo? Você vive em um só espírito e uma só atitude com aqueles que também estão em Cristo?

Você demonstra estas duas atitudes que levam a comportamentos justos?

1. Não fazer nada por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerar os outros superiores a si mesmo (v. 3).

2. Não cuidar somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros (v. 4).

Jesus foi obediente a Deus Pai até o ponto de morrer na cruz por pecadores como eu e você. Será que nós estamos seguindo nos passos do Seu serviço? Ou estamos nos colocando acima do Mestre?

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A pergunta que cada um tem que fazer para si mesmo é  simples: Como eu estou servindo aos outros? 

Aliste as áreas da sua vida em que você serve a outras pessoas. Inclua família, trabalho, escola, igreja, etc.

Quantas dessas áreas de serviço são coisas remuneradas? Você continuaria servindo dessas formas se não recebesse salário para fazer? Em outras palavras, seu interesse nesse serviço é servir, ou ganhar dinheiro? [Entenda, as respostas podem variar de pessoa para pessoa, e é possível fazer as duas coisas—servir e se sustentar—sem estar errado. Essas perguntas servem para avaliar motivação pessoal.]

Quantas áreas de serviço você faz por obrigação? Ou seja, se não fosse necessário que você fizesse, você faria outra coisa?

Em quantas áreas você serve pessoas da igreja ou pessoas fora da igreja por meio de um ministério da igreja? Em outras palavras, como você contribui para o corpo de Cristo, ou contribui para a comunidade por meio do corpo de Cristo?

Quando você avalia a igreja local, que deficiências você vê nos ministérios? Tem alguma coisa faltando? Se há, será que você poderia preencher este espaço servindo de alguma forma?

Jesus disse: “Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem” (João 13.17). Há um velho hino que reflete esta verdade. Ele começa, “No serviço do meu Rei eu sou feliz…” e no refrão afirma, “No serviço do meu Rei, minha vida entregarei. Gozo, paz, felicidade tem quem serve ao meu bom Rei” (Cantor Cristão, 410). Você está encontrando a felicidade que Deus oferece àqueles que O servem como Cristo serviu os Seus discípulos?

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Dia 1

João 13.1-20

Dia 2

Filipenses 2.1-11

Dia 3

Gálatas 5.13-18

Dia 4

João 12.24–26

Dia 5

Mateus 23.8–13

Dia 6

Mateus 20.20–28

Dia 7

Mateus 18.1–6

A Bacia e a Toalha: Santidade e Serviço (1)

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JOÃO 13.1-11

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Neste domingo começamos uma minissérie em duas partes, “A Bacia e a Toalha: Santidade e Serviço”, continuando nossa série “Podes Crer” do evangelho de João. Em João 13.1-20, observamos o início do período de conferência do ministério de Jesus. Após ocultar-se das multidões (12.36b), Jesus deu algumas instruções finais para os Seus discípulos em particular, e estes foram registrados nos capítulos 13-17 do evangelho.

Os primeiros três versículos servem para construir a cena: Jesus estava a sós com os Seus discípulos, “pouco antes da festa da Páscoa”. Ele entendia que em pouco tempo Ele seria crucificado, ressuscitaria e ascenderia aos céus. Sabia que nesta altura Judas já havia sido induzido por Satanás para traí-Lo. Tudo estava pronto para o grande momento da Sua morte.

E então Ele fez algo inesperado: “tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura” (vv. 4, 5). O Mestre se tornou escravo e prestou o serviço humilde de um mero servo! Não é surpreendente que Pedro reagiu.

Vimos que Pedro primeiro reagiu pela sua ignorância: ele não sabia porque Jesus estava fazendo aquilo, e isso o levou a questionar o plano de Cristo. Sua ignorância o levou à resistência, de abertamente recusar o que Jesus estava oferecendo. Quando Jesus o advertiu sobre o perigo da desobediência, ele respondeu com insistência que Jesus então fizesse até mais do que oferecia fazer. Podemos enxergar na reação de Pedro algumas lições importantes sobre as nossas atitudes e nossos comportamentos acerca do plano de Deus revelado nas Escrituras.

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Vamos aplicar o que aprendemos da reação de Pedro à nossa vida espiritual.

Ignorância. Leia 2 Pedro 1.3 (NVI) e preencha os espaços: “Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a _______ e para a _____________ [que significa refletir o Seu caráter e Seus valores], por meio do pleno ________________ daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. Se não entendemos o plano de Deus numa situação específica, devemos questioná-Lo? Será que Deus se esqueceu de alguma coisa? Ou será que nós ainda não procuramos o suficiente na Sua revelação para saber o que Ele já revelou que responde à nossa situação? Quando confiamos na Sua Palavra, demonstramos fé, e o resultado da fé é _________________ de acordo com Tiago 1.2-4?

Resistência. Quando não demonstramos paciência com Deus e o Seu plano, é fácil sermos resistentes ao Seu plano. Essa forma de desobediência pode ser sutilmente traiçoeira, pois parece até que estamos sendo justos: “certamente Deus não me pediria isso!” Leia 1 João 5.3 (NVI) e preencha os espaços: “Porque nisto consiste o _________ a Deus: ________________ aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados”. Qual é a resposta para a nossa resistência? O que demonstramos quando obedecemos?

Insistência. O erro da segunda resposta de Pedro é mais sutil ainda, pois se um pouco é bom, mais não seria melhor? O problema é que Deus sabe exatamente o que faz. Quando nós insistimos em servir a Deus da forma que nós achamos melhor—“sei que a Bíblia diz ‘x’, mas eu entendo da forma ‘y’—estamos confiando na suficiência de Cristo e Sua Palavra? Quais são alguns exemplos disso em nossa vida? Leia Rm 11.34 (NVI) e preencha os espaços: “Quem conheceu a ________ do Senhor? Ou quem foi seu ______________?” Quando nós insistimos no nosso plano acima do plano dEle, o que estamos dizendo, realmente?

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Vamos aplicar o que aprendemos da reação de Pedro à nossa vida diária.

Ignorância. Numa folha de papel, aliste todas as áreas da sua vida onde você mais questiona o plano de Deus. (Ex.: na dinâmica do casamento; na criação de filhos; nas finanças; na tomada de decisões; etc.). Analise cada item, e pergunte a si mesmo:

O problema é falta de conhecimento da Palavra acerca desta área? Procure examinar as Escrituras para achar e entender o que Deus revela sobre cada área.

O problema é falta de fé? Ou seja, você sabe o que a Bíblia diz, mas sua reação às circunstâncias demonstra que você não crê suficientemente para aplicar o ensino à situação. Determine meditar sobre a resposta bíblica e em Cristo, com a ajuda do Espírito Santo, aplique-a à sua situação!

O problema é falta de paciência? Você sabe o que a Bíblia diz, mas está sendo impaciente porque não entende exatamente o que Deus está fazendo? Está na hora de exercitar a sua fé, pois isso resulta em mais paciência/perseverança!

Resistência. Aliste qualquer área de sua vida onde você enxerga que está resistindo as instruções de Deus. Reconheça isso como pecado, confesse a Deus. Demonstre o seu arrependimento e obediência ao obedecer a Sua Palavra em amor.

Insistência. Procure entender e alistar as áreas de sua vida onde você está insistindo no seu próprio plano ou entendimento acerca da vontade de Deus. Reconheça isso como pecado, confesse a Deus. Demonstre o seu arrependimento e obediência ao confiar na suficiência do plano de Deus em Jesus Cristo.

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Dia 1

João 13.1-20

Dia 2

Filipenses 2.1-11

Dia 3

2 Pedro 1.1-9

Dia 4

1 João 5.1-5

Dia 5

Romanos 11.33-36

Dia 6

Provérbios 3.1-10

Dia 7

1 Coríntios 2.14-16

Atingindo o Ponto Crítico (4): Corações Divididos

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JOÃO 12.36-50

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Neste domingo, concluímos a minissérie “Atingindo o Ponto Crítico” (da série “Podes Crer”). Vimos que depois do momento que Jesus foi glorificado pelo Pai com voz audível (12.28), Jesus encerrou o Seu ministério público, ocultando-Se do povo (v. 36b). Observamos como o Evangelista demarca claramente esta transição em duas partes. Primeiro, ele dá sua própria análise do ministério de Jesus pela ótica da dinâmica entre os sinais e a fé das pessoas (vv. 37-43).

Lembrando que o propósito central do evangelho de João é levar o leitor à fé em Cristo por meio de um relato de sinais específicos que Ele fez (20.30, 31), João explica que a descrença do povo era ilógica: “Mesmo depois que Jesus fez todos aqueles sinais miraculosos, não creram nele” (v. 37). Como puderam ver tais sinais e não crer que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus? O Evangelista explicou em duas partes usando dois textos do profeta Isaías. Citando Isaías 53.1, ele explicou que esta descrença foi prevista na profecia havia cerca de 680 anos! No texto do profeta, Deus havia revelado não só que o Messias seria “levantado”—uma palavra que apontava tanto para Sua glorificação como a Sua crucificação—mas que as pessoas não creriam nEle. Mais forte ainda é a mensagem de Isaías 6.10, que a descrença foi intencional: naquele momento as pessoas “não podiam crer” (Jo 12.39)! Para realizar o Seu plano maior de salvar o mundo, Cristo tinha que ser rejeitado e levado à cruz.

Observamos que João temperou esta mensagem forte sobre a ação soberana de Deus com o convite claro de Jesus (vv. 44-50). O homem continua responsável por sua resposta, pela fé, à mensagem de Jesus, que repete exatamente a mensagem do Pai. Este convite resume e encerra o ministério público de Cristo.

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Chegamos ao final do ministério público de Jesus no nosso estudo do livro de João. Deste momento em diante, Jesus estará falando apenas com os Seus discípulos em particular (cap. 13-17), até chegarmos à crucificação (cap. 18-19) e a ressurreição (cap. 20-21). A vida e o ministério de Cristo são centrais a todo o entendimento das boas novas do Evangelho de Deus. O Evangelista nos levou pela história de alguns milagres específicos para provar a sua tese, que Jesus é realmente o Cristo, o Filho de Deus. Nós leitores somos convidados à mesma decisão que as pessoas presentes naqueles dias: receber ou rejeitar a mensagem revelada na pessoa e nas palavras de Jesus. Qual será sua resposta à crise da fé?

Rejeição completa. Havia pessoas que viram e ouviram tudo que João relatou e ainda assim não creram. Claro que participação verdadeira no corpo de Cristo (a igreja) é só para os salvos, portanto pense naqueles que não são da família de Deus. O que você está fazendo para alcançar estas pessoas com as boas novas do evangelho?

Crença fraca. João descreve que “muitos” entre os líderes creram em Jesus, mas porque “preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus” (Jo 12.43), não se manifestaram, temendo expulsão da sinagoga. Você é ousado e transparente acerca da Sua fé? O que você ainda prefere acima da aprovação de Deus que está atrapalhando o seu testemunho?

Aceitação completa. Claro que o alvo da crise da fé é levar pessoas à fé inteiramente alicerçada em Cristo. Leia vv. 44-50 novamente. Quais são as marcas de uma pessoa que aceita completamente a mensagem de Jesus? Como podemos demonstrar isso de forma clara para a nossa família, no nosso trabalho, na nossa escola, e assim por diante?

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Agora que chegamos ao final do ministério público de Jesus, convém lembrar todos os sinais que Ele realizou e que João registrou no Seu evangelho para demonstrar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.

Leia cada um dos textos abaixo para lembrar como Jesus realizou o milagre.

2.1-11 – Transformou água em vinho.

4.46-54 – Curou o filho do oficial do rei.

5.1-18 – Curou o paralítico de Betesda.

6.1-14 – Multiplicou os pães e os peixes.

6.16-21 – Andou sobre as águas.

9.1-41 – Curou o homem cego de nascença.

11.1-44 – Ressuscitou Lázaro da morte.

Numa folha de papel, responda as seguintes perguntas acerca do milagre que Jesus fez em cada texto.

Quem estava presente? Qual foi a reação daqueles que presenciaram o milagre? Qual foi a resposta ao milagre, em relação à fé das pessoas?

Como Jesus realizou o milagre? Que passos tomou para fazer o sinal? O que Ele estaria demonstrando por fazer o milagre daquela forma?

João disse que “Mesmo depois que Jesus fez todos aqueles sinais miraculosos, não creram nele” (v. 37), mas sob a inspiração do Espírito Santo, registrou estes mesmos sinais para trazer o leitor à fé. Qual é a sua resposta a Jesus após ler sobre o Seu ministério? Fé ou descrença?

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Dia 1

João 12.36b-50

Dia 2

Isaías 52.13-53.12

Dia 3

Isaías 6.1-13

Dia 4

João 2.1-11; 4.45-54

Dia 5

João 5.1-18; 6.1-21

Dia 6

João 9.1-41

Dia 7

João 11.1-44

Atingindo o Ponto Crítico (3): Confirmação Divina

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JOÃO 12.20-36

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Neste domingo, na terceira mensagem da minissérie “Atingindo o Ponto Crítico” (da série “Podes Crer”), chegamos ao ponto crítico do ministério de Jesus (Jo 12.20-36). Esta parte da narrativa de João tem vários componentes que giram em torno de um evento importante: Jesus anuncia que Sua hora chegou e Deus confirma a Sua identidade com uma voz audível do céu.

Como vimos, tudo começa com a chegada de alguns gregos, gentios que criam no judaísmo, portanto vinham celebrar a Páscoa que aconteceria em alguns dias. Pediram para ver Jesus, e sua chegada marcou um ponto de transição, pois Jesus declarou que a Sua hora havia chegado. Isso é bem diferente dos outros momentos em que Jesus havia declarado que não era chegada a Sua hora (Jo 2.4; 7.6, 30).

Mas que “hora” era essa? Vimos pelas declarações de Cristo que Ele estava indicando a hora em que Ele cumpriria completamente o plano de Deus ao morrer na cruz. Era hora de quebrar a barreira entre os gentios e os judeus (como vimos em Ef 2.11-22). Ao falar do grão de trigo, Ele estava declarando que era Sua hora de morrer na cruz, e que os Seus seguidores teriam que estar dispostos a fazer o mesmo. Era a hora de ser glorificado pelo Pai:  pela terceira vez na Sua carreira, Deus falou de voz audível do céu para confirmar Sua identidade como o Messias. Declarou que era a hora de conquistar o príncipe deste mundo. Numa declaração que ligava a história dos judeus (Nm 21.4-9), Sua entrevista com Nicodemos (Jo 3.14, 15) e a Sua crucificação, afirmou que era Sua hora de ser “levantado” (na cruz). Jesus finalizou tanto o texto como Seu ministério público, com um apelo: estava na hora de acreditar, antes que fosse tarde demais.

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Como vimos, o texto de domingo, embora pareça uma simples interação entre Jesus e a multidão (com a presença dos gregos), a Sua “hora” remetia a um momento de importância incomparável a história da redenção e portanto de todo o tempo e espaço: a morte de Cristo na cruz. O texto não só ensina algumas verdades importantes diretamente, mas aponta indiretamente para outras igualmente importantes. Devido ao espaço, vamos apenas examinar três para aplicação pessoal.

Quebrando a barreira. O preconceito e racismo que vemos hoje são pequenos comparados à briga entre os judeus e os gentios. Você já parou para pensar e agradecer a Deus por Ele dar acesso à Sua família? Que Ele destruiu a barreira de inimizade para que fôssemos um em Cristo? Se Deus destruiu esta barreira para criar a paz, que implicações isso tem para as barreiras que nós construímos no casamento, em nossos relacionamentos, no trabalho, no nosso país, etc.?

A morte de Cristo. Uma das grandes implicações da afirmação sobre o grão de trigo nos vv. 24-26 é que aqueles que seguem a Jesus O seguem também à morte. A morte, no nosso caso, não é necessariamente literal. Como “morremos” para que a nossa vida dê fruto? Leia Rm 6.1-8. O que este texto esclarece sobre a morte daquele que crê em Cristo?

A hora de acreditar. Jesus explicou claramente que aqueles que ouviam Sua voz tinham pouco tempo para decidir crer na Luz e de aceitá-lO como Messias. O texto de Hb 10.27, 28 não deixa dúvidas: nós temos apenas esta vida para receber a Cristo pela fé na Palavra de Deus. Jesus declarou, “Creiam na luz enquanto vocês a têm, para que se tornem filhos da luz” (Jo 12.36). Você crê? Você está transmitindo esta urgência para aqueles que não creem?

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Na mensagem de domingo, acrescentamos ao apelo de Jesus (“creiam na luz enquanto vocês a têm”) o apelo do autor de Hebreus. Leia Hebreus 3.7-19. Neste texto o autor repete várias vezes o tema do Salmo 95 que, por sua vez, aponta para a história de Israel em três momentos distintos de rebelião contra Deus (Ex 17.1-7; Nm 14.20-23; 20.1-12). Abaixo estão os temas centrais do texto, com uma tarefa para nos ajudar a aplicar esta verdade de forma prática.

“Hoje”. O autor de Hebreus entendeu bem a urgência e a relevância desta palavra. “Hoje” para Davi aconteceu séculos antes do livro de Hebreus. “Hoje” para o autor e leitor de Hebreus aconteceu quase dois mil anos atrás para nós. Você vive diariamente como se hoje fosse o único dia que você tem para decidir-se por Cristo e a glória de Deus? O que precisa mudar no seu coração para isto acontecer?

Se ouvir a minha voz. Nós ouvimos a voz de Deus quando abrimos a Sua Palavra. Você é conhecedor da Palavra de Deus? Você procura “ouvir” Sua Palavra diariamente? Que passos precisa tomar para que Sua voz fale mais alto no seu dia a dia acerca de todos os aspectos da sua vida?

Não endureça o seu coração como os judeus do Antigo Testamento. Quando você é confrontado com uma verdade bíblica, você responde de coração quebrantado e aberto para Sua Palavra? As bênçãos de Deus o levam a glorificá-lO e agradecer a Ele? Quando Deus chama a Sua atenção você se arrepende dos seus pecados e pede perdão?

Não entraram no descanso. Imagine a decepção dos judeus ao saírem da escravidão para uma terra prometida, mas por causa da dureza dos corações não entrarem no descanso! Pensando numa aplicação bem ampla, que “descansos” você talvez esteja perdendo por endurecer o seu coração à voz de Deus? O que isso implica sobre o coração daquele que se diz salvo que se endurece constantemente contra Sua voz?

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Dia 1

João 12.20-36

Dia 2

Efésios 2.11-22

Dia 3

Romanos 6.1-8

Dia 4

Salmo 95.1-11

Dia 5

Êxodo 17.1-7

Dia 6

Números 14.20-23; 20.1-12

Dia 7

Hebreus 3.7-19

Atingindo o Ponto Crítico (2): Exultação Vazia

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JOÃO 12.12-19

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Neste domingo, na segunda mensagem da minissérie “Atingindo o Ponto Crítico” (da série “Podes Crer”), estudamos o texto que registra a entrada triunfal de Cristo (Jo 12.12-19). Observamos a história em si, que no evangelho de João, é bem resumida. Interessado no seu alvo de levar o leitor a crê em Jesus como o Cristo (Jo 20.30, 31), ele não explicou alguns detalhes do contexto que os outros evangelistas relataram. Ele focou na crise que estava se desenvolvendo à volta de Jesus: o ressurgimento da popularidade dEle por causa da ressurreição de Lázaro, a realização das palavras proféticas de Zacarias 9.9 (que os discípulos só perceberam depois), e a reação invejosa e irada dos líderes religiosos. A conspiração para matar Jesus estava se fortalecendo cada vez mais, mesmo com a atitude exultante do povo.

O texto em si tem a função de avançar a narrativa e lógica de João e não de oferecer profundos ensinos teológicos. Podemos, no entanto, observar o contraste entre as atitudes da multidão neste momento da entrada triunfal e apenas uma semana depois, na crucificação de Jesus. Este contraste nos ensina alguns princípios interessantes sobre o pensamento “democrático” da maioria, e por sua vez, uma aplicação às atitudes do nosso coração. Vimos três verdades sobre a multidão neste contexto:

  • A maioria nem sempre está certa.
  • a opinião da maioria é arbitrária.
  • e a maioria tende a ser interesseira.

Biblicamente, vemos que justiça e retidão, o certo e o errado, não são determinados pelo consenso da maioria. Há um caminho que parece certo ao homem (mas conduz à morte), mas para Deus só há um caminho verdadeiramente certo, e é Jesus Cristo.

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A sociedade ensina que o consenso da maioria estabelece o certo e o errado; ao mesmo tempo, incoerentemente, ensina que cada indivíduo deve seguir o seu coração. Ambos pensamentos estão errados. Observamos no domingo que o coração se comporta de forma muito parecida com a multidão, por isso a nossa “adoração” pode ser tão vazia quanto a exultação daquela multidão na entrada triunfal.

O coração nem sempre está certo. Lembramos que Deus declara que “o coração é mais enganoso que qualquer outra coisa” (Jr 17.9). Em que baseamos o nosso senso do que é certo e o que é errado? Pense nas discussões ou desentendimentos que você teve recentemente: o que prevaleceu, sua opinião subjetiva e arbitrária, ou a verdade absoluta e autoritativa da Palavra de Deus? E na tomada de decisões, grandes ou pequenas, quem fala mais alto, o seu coração, ou Deus?

A opinião do coração é arbitrária. Você já mudou de ideia sobre alguma coisa ou alguma pessoa? Esta mudança foi justificada por algum princípio ou mandamento bíblico, ou por algum pensamento subjetivo do seu coração? O que podemos ou devemos fazer quando o coração deseja algo diferente do que a Bíblia ensina?

O coração tende a ser interesseiro. Nosso estudo do evangelho de João já demonstrou nitidamente que a multidão de “discípulos” que seguiam a Jesus procuravam os seus próprios interesses: milagres, maravilhas, alimento, etc. A fé verdadeira é aquela que “busca primeiro o reino de Deus e sua justiça” (Mt 6.33); que busca a glória de Deus acima de todas as coisas. Há benefícios para aquele que segue a Deus? Claro! Mas a busca por benefícios próprios não pode ser o que nos motiva. A sua fé tem como alvo a glória de Deus em Cristo, ou algum benefício próprio? A sua adoração transborda de um coração com prioridades eternas, ou interesses transitórios desta vida?

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O livro de Tiago é um ótimo lugar para entender algumas dinâmicas do coração referente aos desejos que ele produz.

Leia os seguintes textos e responda as perguntas abaixo:

Tiago 1.13–15. A palavra aqui traduzida “cobiça” (ou “concupiscência”) significa literalmente “um forte desejo”, que em alguns contextos é traduzida como algo negativo.

Como este texto é um exemplo do princípio que estudamos, “o coração nem sempre está certo”?

Quais são as três partes da dinâmica de tentação e pecado que Tiago descreve? Em qual destas partes precisamos batalhar para evitar a ação pecaminosa?

Tiago 3.2–12. Aqui temos um exemplo nítido da arbitrariedade do coração, especialmente na descrição da língua dos vv. 9-12. Aqui fala da língua, mas convém lembrar que “a boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12.34).

Que duas coisas opostas a língua está fazendo nestes versículos?

Quais seriam alguns exemplos disto no cotidiano?

O que aprendemos de Romanos 8 que nos ajudaria a combater a nossa língua traiçoeira?

Tiago 4.1-3. Já estudamos este texto várias vezes para falar da dinâmica por trás dos conflitos que observamos entre pessoas.

Como os conflitos que temos com outras pessoas começam a partir de um coração interesseiro?

Qual a solução oferecida no texto: não obtemos o que queremos por quê?

A solução é “se eu pedir a Deus, Ele dará”? O que tem que estar alinhado com o caráter de Deus para que eu receba? Você acha que isso mudará os nossos desejos?

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Dia 1

João 12.12-19

Dia 2

Provérbios 14.1–12

Dia 3

Mateus 7.12-14

Dia 4

Tiago 3.2-12

Dia 5

Hebreus 13.7–17

Dia 6

Jeremias 17.5–10

Dia 7

Zacarias 9.9–13

Atingindo o Ponto Crítico (1): Adoração Verdadeira

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JOÃO 12.1-11

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Neste domingo voltamos à série Podes Crer com o início de uma nova minissérie para o mês de novembro: “Atingindo o Ponto Crítico”, um estudo do capítulo 12 do evangelho de João. A primeira frase do capítulo—“seis dias antes da Páscoa…” (v. 1)—indica que os eventos descritos em João 12-19 aconteceram na última semana do ministério de Jesus.

Na mensagem de domingo examinamos uma cena de adoração verdadeira, quando Maria, irmã de Lázaro, ungiu os pés de Jesus com um perfume caro, o nardo, que era usado no preparo dos corpos para o sepultamento. Diante desta cena, João registra a reação de Judas Iscariotes: ele a acusou de desperdício, falando que aquele valor, que representava um ano de salário, poderia ser dado aos pobres.

Contrastamos as atitudes de Judas e Maria, pois representam duas posições extremas entre a incredulidade e a fé. Judas, por sua falta de fé, colocava o seu plano acima do plano de Deus, portanto justificava colocar os seus próprios interesses acima dos interesses dos outros. (Pois ele de fato não queria ajudar os pobres, mas roubava da bolsa que os discípulos tinham em comum.) Maria, por sua vez, demonstrou sua fé em Jesus e assim colocou a glória de Deus acima dos seus próprios planos, portanto pôde derramar o que tinha de mais precioso aos pés do Seu Salvador. Observamos que ambos foram usados por Deus para o Seu plano. No caso, Judas foi usado como instrumento para trair Jesus. Maria foi usada para servir Jesus, e pelo seu ato sincero de adoração, a Bíblia registra o seu serviço como grande exemplo para nós.

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Nós examinamos o contraste entre as atitudes de Judas e Maria, que pode ser aplicado à nossa vida espiritual.

Imitamos Judas quando demonstramos as seguintes qualidades:

Somos orgulhosos. Você já expressou uma opinião forte sobre o que outras pessoas poderiam ou deveriam fazer para servir a Deus? Você acha que sua opinião acerca dos outros tem mais valor do que a opinião deles?

Somos egoístas. Você já fez algo que tinha aparência de altruísmo, mas na verdade era egoísta? Fez uma boa ação para alguém, sabendo que, no seu coração, sua motivação não era amor, mas algo que você receberia (atenção, benefício) por ajudá-lo?

Somos hipócritas. Você já usou uma “máscara”—algo que transmitia a aparência de uma atitude oposta àquela que estava sentindo? Quais são alguns exemplos deste tipo de falsidade?

Somos incrédulos. Não estamos falando de pessoas não salvas, necessariamente. Como cristão, você já pensou da seguinte forma: “sei que Deus quer esta atitude ou comportamento, mas não acredito que seja possível, então não vou fazer!”

Por outro lado, imitamos Maria quando demonstramos as seguintes qualidades:

Somos humildes. Você coloca Deus acima de tudo, inclusive a sua reputação ou seus próprios planos e desejos?

Somos verdadeiramente altruístas. Você pratica o altruísmo que flui de uma vida completamente entregue ao amor por Deus acima de qualquer outra coisa?

Somos transparentes. Seu amor por Deus e os outros transborda de um coração amoroso? Ou você tem que se esforçar para demonstrar amor?

Somos crentes. Você obedece ao plano de Deus, mesmo quando não faz sentido para você? Você pratica as coisas nas quais professa acreditar?

maos-estendidas

Vamos falar de valores…

Já falamos várias vezes sobre aprender e adotar os valores de Deus. Usado desta forma, “valores” são os princípios que Deus mantém como importantes, como os atributos comunicáveis de Deus—santidade, amor, paciência, justiça, etc. “Valores” também podem representar uma ideia monetária, ou “a medida de importância que atribuímos a bens e serviços”. Jesus ligou estes dois significados quando disse “onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mt 6.21). Uma aplicação prática deste princípio é que podemos facilmente descobrir aquilo que valorizamos (princípios) por meio das coisas que adquirimos (valor monetário). (No texto de domingo, vimos que Maria valorizou a Jesus acima do grande valor monetário do perfume que usou. Judas, no entanto, colocou o valor monetário acima do seu relacionamento com Cristo.)

Numa folha de papel, anote uma lista das suas despesas mensais em categorias básicas (moradia, automóvel, alimentação, educação, lazer, dízimos e ofertas, etc.). Responda as seguintes perguntas.

Quanto do seu orçamento mensal é gasto em atividades ou serviços que beneficiam diretamente ao reino de Deus ou outras pessoas além de você? (Não precisa ser um valor específico, mas em termos comparativos: a maioria do orçamento, quase nada, mais ou menos metade…etc.)

Quanto do seu orçamento mensal é gasto nas conveniências, o lazer ou entretenimento—atividades ou serviços para seu próprio benefício além das necessidades básicas?

Se você for completamente sincero, você diria que os seus gastos mensais apontam para uma vida que imita mais à Maria, ou ao Judas?

mentes-ocupadas

Dia 1

João 12.1-11

Dia 2

Mateus 26.6–13

Dia 3

Marcos 14.3–9

Dia 4

Lucas 7.36–50

Dia 5

Mateus 6.19–21

Dia 6

Mateus 27.1–10

Dia 7

Eclesiastes 5.10–17

A História de Lázaro em 3D (2): A Dimensão Humana

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JOÃO 11

OUVIDOS ATENTOS

Neste domingo voltamos à série Podes Crer com a conclusão da minissérie “A História de Lázaro em 3D”, onde examinamos o capítulo 11 de João pela perspectiva histórica, espiritual e humana. Na primeira mensagem (07/08), examinamos as dimensões histórica e espiritual, observando os aspectos factuais da ressurreição de Lázaro juntamente com o ensino bíblico claro acerca da deidade de Cristo. Continuar lendo

A História de Lázaro em 3D (1): As Dimensões Histórica e Espiritual

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JOÃO 11

OUVIDOS ATENTOS

Neste domingo retomamos a nossa série Podes Crer com a largada de uma minissérie em duas partes, “A História de Lázaro em 3D”, onde examinaremos o capítulo de João 11 pela perspectiva histórica, espiritual e humana. Na mensagem de domingo estudamos as primeiras duas perspectivas. Continuar lendo

#Ovelha (3): Eu e o Pai Somos Um

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JOÃO 10.22-42

OUVIDOS ATENTOS

Neste domingo encerramos a minissérie #Ovelha, um estudo do capítulo 10 do evangelho de João. Depois de estabelecer o retrato do pastoreio de ovelhas nos vv. 1-5, Jesus usou a fórmula “Eu Sou…” duas vezes para se identificar com a metáfora. Primeiro afirmou, “Eu sou a porta das ovelhas” (vv. 7, 9), estabelecendo que Ele é a única salvação legítima das Suas ovelhas. Como vimos na segunda mensagem, Ele também declarou, “Eu sou o bom pastor” (vv. 11, 14); o bom pastor dá Sua vida pelas ovelhas, as conhece e é conhecido por elas.

Na mensagem de domingo estudamos os vv. 22-42, que começa com um pedido insincero dos fariseus: “Até quando nos deixará em suspense? Se é você o Cristo, diga-nos abertamente”. (v. 24). Insincero, pois eles já estavam convencidos que Jesus era um pecador por violar o sábado (9.16, 24), e procuravam apenas um motivo para justificar matá-lo (5.18; 7.1; 8.59). Além disso, eles estavam sendo incoerentes, pois já haviam declarado que Ele não podia testificar de si mesmo (8.13), mas agora pediam justamente isto dEle: diga-nos abertamente se é o Cristo!

Existem várias verdades nesta passagem, mas a resposta de Cristo pode ser resumida à frase: “Eu e o Pai somos um” (10.30). Novamente, a questão central, tanto da mensagem de Jesus como da queixa dos fariseus, é que Jesus estava se declarando igual a Deus. A unidade do Filho e do Pai é central à perseverança dos santos (falaremos mais deste assunto na seção Corações Abertos). Também é central à aceitação de Jesus como o Cristo, que é o tema central do evangelho (20.30, 31). Jesus argumenta que se Deus chamou de “deuses” mero homens a quem veio a Sua revelação, o que deve ser chamado Aquele que é a própria Revelação de Deus? É uma referência ao Salmo 82, onde Deus acusa os governantes da Terra, dizendo que embora reconhecidos como homens poderosos (“deuses”), eles eram, de fato “simples homens” que morreriam (vv. 6, 7). Jesus, acusado pelos fariseus de ser um “simples homem”, estava dizendo que não era nada menos do que o próprio Deus (Jo 10.34-36)!

CORAÇÕES ABERTOS

“Eu já lhes disse, mas vocês não crêem. As obras que eu realizo em nome de meu Pai falam por mim, mas vocês não crêem, porque não são minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um”.  

—João 10.25-30

Nesta passagem Jesus usou a metáfora das ovelhas para explicar algo negativo referente aos fariseus, e algo positivo referente às Suas ovelhas verdadeiras. Ambas as verdades são tremendamente importantes para o nosso entendimento da salvação em Cristo.

Primeiro, as más notícias… É fácil ler a afirmação de Jesus aos fariseus nos vv. 25-27 sem perceber um detalhe muito importante. Ele não disse que os fariseus se recusavam a crê nEle portanto não eram Suas ovelhas. (Ou, poderíamos dizer “não eram ovelha porque não creram”). Não, Jesus declara que a falta de fé deles vem do fato que eles não eram Suas ovelhas. Não tinham as qualidades de ovelhas verdadeiras: não ouviam a voz do bom pastor; não O conheciam, portanto não O seguiam! Não creram porque não eram Suas ovelhas! Que implicações esta verdade tem para o nosso entendimento da salvação?

Agora as ótimas notícias! A verdade acima pode parecer muito forte, pois somos fãs do livre arbítrio, mas considere as implicações positivas que Jesus ressalta logo em seguida: as ovelhas verdadeiras têm garantia de vida eterna; jamais perecerão! Ninguém é capaz de arrancá-las das mãos de Jesus. Como se não bastasse, também estão nas mãos de Deus Pai, e certamente é impossível arrancá-las das mão dEle! Mas tudo isso volta para a verdade que isso é possível somente porque “Eu o Pai somos um”! Você tem meditado recentemente sobre o fato que, como ovelha de Cristo, você tem vida eterna garantida? Como isso está transformando sua vida diária e o seu testemunho?

MÃOS ESTENDIDAS

Vale a pena LER de novo! Quando estudamos sobre a salvação no ano passado, fizemos esse exercício. Agora que chegamos a João 10.27-30, convém lembrar de outros trechos que falam claramente da segurança da salvação que temos em Cristo.

Leia os seguintes trechos bíblicos, e responda: O que este trecho ensina sobre a certeza da salvação? Que palavras-chave apontam para a garantia de Deus sobre a salvação neste trecho?

Por exemplo: João 5.24—Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida”. O versículo ensina que a vida eterna e a justificação são concedidas àqueles que ouvem a palavra de Jesus, e creem em Deus (fé). O verbo “tem” declara um ato feito. A frase “não será condenado” aponta para a justificação futura—não haverá condenação. Os dois falam de certezas. A frase “já passou” declara uma condição completa; não é futura, nem condicional—a mudança da morte para vida já aconteceu pela graça, mediante a fé naquele que crê.

Agora repita o exercício numa folha separada com as seguintes passagens.

João 10.27-30

Romanos 8.29-30

Romanos 8.35-39

Efésios 1.13, 14, 18-21

Filipenses 3.20-21

Hebreus 7.24-25

Judas vv. 24-25

MENTES OCUPADAS

Dia 1

João 10.1-10

Dia 2

João 10.11-21

Dia 3

João 10.22-42

Dia 4

Romanos 8.29-39

Dia 5

Efésios 1.1-21

Dia 6

2 Coríntios 5.1-21

Dia 7

Salmo 82.1-8

#Ovelha (2): O Bom Pastor

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JOÃO 10.11-21

OUVIDOS ATENTOS

Neste domingo continuamos a minissérie “#Ovelha”, um estudo do capítulo 10 do evangelho de João. No início do capítulo, Jesus estabeleceu uma metáfora da cultura pastoral de Israel. Usando o aprisco de ovelhas (Israel) como referência, falou das pessoas diferentes que interagem com o rebanho. Assim Ele se destacou dos falsos mestres que vieram antes dEle, que eram ladrões, que não entraram pela porta, e que tinham motivação de roubar, matar e destruir as ovelhas. Como vimos na primeira mensagem, Jesus se identificou primeiro como sendo a porta das ovelhas, a única entrada legítima (vv. 7-8), e o único meio da salvação das ovelhas (v. 9).

Na mensagem de domingo, observamos que Jesus se identificou também como o pastor das ovelhas: “Eu sou o bom pastor” (v. 11). Tendo estabelecido que Ele não é como os ladrões, agora Ele mostrou que Ele também não é como o assalariado, que “não é o pastor a quem as ovelhas pertencem” (v. 12). O assalariado não se importa com a vida das ovelhas e portanto foge quando elas são ameaçadas (v. 13). Mas Cristo, o bom pastor, dá Sua vida pelas ovelhas. Ele as ama, e oferece a vida abundante (v. 10) por meio do Seu sacrifício. E, diferente de outras pessoas que oferecem sua vida para salvar alguém, o bom pastor tem autoridade para dar sua vida e retomá-la (vv. 17-18).

Outra verdade importante referente ao bom pastor é que, ao se identificar como o bom pastor, Jesus estava mostrando Sua perfeita obediência ao plano de Deus Pai. Ele conhece o Pai, e é conhecido por Ele (v. 14). Ele está cumprindo a profecia de Ezequiel 34, onde Deus promete ser o pastor das ovelhas e que Ele colocaria o seu servo, Davi (Jesus), como um só pastor das ovelhas (Ez 34.23). Jesus revelou outra verdade muito importante para nós gentios: o plano de Deus é maior do que o aprisco-Israel; Jesus veio para conduzir ovelhas “que não são deste aprisco” (ou seja, gentios). Ele tinha explicado que as ovelhas ouvem a voz do seu pastor e não de estranhos (vv. 4-5), e então, explicando sobre estas outras ovelhas, Ele disse, “Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (v. 16).

CORAÇÕES ABERTOS

Na parte da nossa aplicação espiritual, nós abrimos o significado de “assalariado” para entender como pode se aplicar na nossa vida no século XXI. No contexto, o assalariado era literalmente alguém pago para cuidar das ovelhas dos pastores legítimos. Na metáfora de Cristo, representavam liderança religiosa (como no caso dos fariseus), que estavam encarregados de cuidar dos judeus (ovelhas), mas que não se importavam com eles, e portanto os abandonavam ao primeiro sinal de problemas.

Quem é o “assalariado” hoje? Podemos pensar nos “assalariados” de hoje como pessoas na liderança espiritual; certamente existem muitos exemplos disso. Podemos, no entanto, também pensar em qualquer pessoa, conceito ou objeto além de Deus em que colocamos a nossa confiança como sendo um tipo de “assalariado”. Não precisam ser pessoas, conceitos ou objetos errados, o problema é quando confiamos mais neles do que no bom pastor. Estas coisas não tem o mesmo amor ou cuidado por nós que o bom pastor.

Que “assalariados” você consegue identificar na sua vida? Tem alguém ou alguma coisa na qual você confia mais do que no bom pastor?

Entendendo a vida em Cristo. Outra lição importante é sobre a vida que temos no bom pastor. Ele disse que veio para dar vida abundante para Suas ovelhas (v. 10); esta vida é nossa porque Ele, o bom pastor, deu Sua vida por nós (vv. 11, 14). Você já considerou as implicações disto? Jesus Cristo deu a Sua vida para que você e eu tivéssemos vida nEle!

Leia Gl 2.20. Entende como Paulo aplicou esta verdade? Que a vida que você vive agora pela fé em Cristo não é a sua vida, mas a vida dEle—Cristo vivendo em você? Como isso se manifesta diariamente na sua vida?

MÃOS ESTENDIDAS

Outra aplicação importante que fizemos é sobre as “ovelhas que não são deste aprisco”. Já vimos várias vezes no evangelho de João que Deus é o autor soberano da salvação. Para Nicodemos, Jesus deixou claro que era uma obra de Deus (Jo 3). No discurso do pão da vida, Ele falou, “ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair” (6.44) e “é por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai” (6.65). No discurso da luz do mundo, Ele declarou “aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não ouvem porque não pertencem a Deus”. (8.47). Aqui, no discurso do bom pastor, o leitor descobre que existem ovelhas fora do aprisco de Israel que ouvirão a voz dEle (10.16). A pergunta pertinente diante de tudo isso é, “Se Deus está fazendo tudo isso, qual é a minha parte?” O que Deus quer que eu faça?

Precisamos entender a voz do bom pastor. Jesus não está aqui na terra de forma física, chamando as ovelhas, então como Ele as “chama”? Ele usa o Seu corpo: a igreja! Nós fomos comissionados para fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19-20). Nós somos a voz do bom pastor. Você está clamando às ovelhas, para que escutem a Sua voz?

Precisamos entender a mensagem do bom pastor. Não é possível chamar as Suas ovelhas sem usarmos a Sua mensagem. Você conhece a palavra de Deus? Você sabe falar, de forma fiel e incisiva, a mensagem do evangelho? O poder de Deus para a salvação daqueles que creem são as boas novas (Rm 1.16-17)!

Esta semana temos passos bem práticos que você pode tomar para aprimorar a sua vida em relação ao evangelismo: quarta (13/07), às 19h, tem mini-treinamento em evangelismo com o Rafael Guerra; e domingo (17/07), das 9h30 às 11h30, tem treinamento com a ferramenta Evangecube, com Pr. Ailton. Ambos serão na IBABI. Participe!

MENTES OCUPADAS

Dia 1

João 10.11-21

Dia 2

João 10.22-42

Dia 3

Ezequiel 34.10-24

Dia 4

Salmo 28.1-9

Dia 5

Eclesiastes 12.11-14

Dia 6

Miqueias 5.2-5

Dia 7

Gálatas 2.17-21