Efésios 6.4 (Dia dos Pais 2016)

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OUVIDOS ATENTOS

Neste domingo, pensando no dia dos pais, estudamos apenas um versículo com uma mensagem muito rica e importante para os pais. Efésios 6.4 dá a seguinte instrução: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. Esta ordem encontra no contexto imediato de instruções para os filhos (vv. 1-3) e para os cônjuges (5.22-33), e no contexto maior do livro inteiro, que fala do plano eterno de Deus de unir todas as coisas em Cristo.

Observamos que é bem provável que a ordem aos pais é direcionada primeiramente aos homens, e não a ambos os pais (pai e mãe). Enquanto isso não livra a mãe desta responsabilidade, afirma mais uma vez a importância do homem como líder no lar e na criação dos seus filhos. Observamos em seguida que temos dois mandamentos para os pais; um negativo e um positivo.

O mandamento de não provocar os filhos à ira não se trata de mimar o filho, dando-lhe tudo que deseja para que não se zangue. De fato, a ordem já remete ao segundo mandamento do texto, pois a nossa ira está interligada ao nosso senso de justiça. Seu filho se ira quando julga a situação desfavorável aos seus desejos baseado no seu senso de certo e errado (justiça). Nós provocamos os nossos filhos à ira quando ensinamos e transmitimos qualquer justiça além da justiça santa e perfeita de Deus.

Por isso o mandamento de criar se torna tão importante. O verbo criar implica nutrir a criança—levá-la da infância à maturidade, desenvolvendo um adulto produtivo. No caso de cristãos, tem uma implicação maior, de levar a criança à eternidade, onde entende o seu destino eterno diante do Criador. A única forma de fazer isso corretamente é na disciplina (que implica uma educação que infunde os os valores dos mandamentos e princípios de Deus) e a admoestação (que significa uma confrontação verbal ou conselho que corrige e instrui na justiça de Deus). A frase “do Senhor” é importante, pois lembra que o conteúdo do nosso ensino e a maneira que ensinamos precisam refletir os valores e o caráter de Cristo.

CORAÇÕES ABERTOS

Em seu livro O Coração da Ira, o autor Lou Priolo dá “25 maneiras pelas quais pais provocam os seus filhos à ira” (veja a lista na próxima seção), e nenhuma delas fala acerca de não dar ao filho o que ele deseja. O nosso coração é enganoso (Jr 17.9), portanto o nosso senso de certo e errado (justiça) também está equivocado. Os nossos desejos—até desejos corretos, quando se tornam excessivos—nos levam a brigas e contendas (Tg 4.1-10), até com os nossos filhos.

É por isso que precisamos entender o plano de Deus para a criação dos nossos filhos, e desenvolver um plano de ação para a nossa família.

Concluímos a mensagem de domingo com a seguinte declaração acerca do ensino de Efésios 6.4: A criação bíblica dos filhos é um plano deliberado que visa levar a criança à maturidade da fase adulta (e eterna), não guardando para si o seu próprio senso de justiça (ira), mas que entende a justiça santa e perfeita de Deus, pois foi educado com disciplina e confrontação verbal num ambiente que reflete o caráter manso e humilde de Cristo.

Cabe a nós fazer algumas perguntas pertinentes:

Será que eu tenho um plano deliberado de ação para criação dos meus filhos? O meu plano reflete os alvos e propósitos bíblicos? O meu plano é de longo prazo, que visa levá-los a maturidade, ou é de sobrevivência, que visa simplesmente chegar vivo ao final do dia?

O que eu estou ensinando aos meus filhos pelas minhas palavras, atitudes e comportamentos? A minha justiça, ou a justiça de Deus?

A maneira que eu ensino os meus filhos reflete os valores e o caráter de Deus?

O conteúdo do meu ensino, como também a forma que ensino, refletem o caráter manso e humilde de Cristo?

MÃOS ESTENDIDAS

Use a seguinte lista (“25 Maneiras…” do Lou Priolo) como guia para avaliar a sua família. Para cada item, avalie e escreva um número de 1 a 5 para indicar a frequência que o item ocorre no seu lar. (1 = Muito infrequente; 5 = Muito frequente).

  • Falta de harmonia conjugal
  • Instituir e manter um lar onde a criança é o centro
  • Ser o exemplo de ira pecaminosa
  • Ter o hábito de disciplinar enquanto está irado
  • Repreensão
  • Ser inconsistente na disciplina
  • Ter padrões duplos
  • Ser legalista
  • Não admitir que está errado e não pedir perdão
  • Criticar constantemente
  • Pais invertendo as funções dadas por Deus
  • Não dar ouvidos à opinião dos filhos e não levar a sério o seu “lado da história”
  • Comparando-os aos outros
  • Não ter tempo “só para conversar”
  • Não elogiar ou encorajar seu filho
  • Não cumprir promessas
  • Disciplinar na frente dos outros
  • Não dar liberdade suficiente
  • Dar liberdade demais
  • Zombar de seu filho
  • Exagerar na disciplina física
  • Ridicularizar ou xingar
  • Expectativas irreais
  • Favoritismo
  • Educar os filhos com metodologias mundanas incompatíveis com a Palavra de Deus

Depois de reconhecer a presença destas coisas no seu lar, o próximo passo é desenvolver um plano de ação bíblico para resolver estes problemas no seu lar, um por um, começando pelos itens que ocorrem com mais frequência.

MENTES OCUPADAS

Dia 1

Efésios 5.22-33

Dia 2

Efésios 6.1-4

Dia 3

Colossenses 3.17-21

Dia 4

Deuteronômio 6.1-25

Dia 5

Provérbios 1.1-19

Dia 6

Provérbios 1.20-33

Dia 7

Tiago 4.1-10

A Saúde da Igreja: Uma perspectiva das Sete Igrejas de Apocalipse 2-3

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Apocalipse 2-3

OUVIDOS ATENTOS

Neste domingo examinamos as cartas de Jesus às sete igrejas da Ásia, no texto de Apocalipse 2 e 3. Cada carta segue um padrão: primeiro, Jesus se revela à igreja de acordo com os aspectos descritos nos vv. 8-18 do capítulo 1. Ele oferece à cada igreja uma avaliação do seu desempenho, que inclui elogios e críticas a respeito das suas obras, seu posicionamento doutrinário e sua caminhada cristã. Para cada igreja, Ele oferece um aviso: para algumas, um aviso de juízo vindouro se não mudarem; para outras, avisos para aqueles que as perseguem ou estão causando problemas. Por fim, Ele termina cada carta com uma promessa (também ligada a aspectos do cap. 1).

Aqui não podemos colocar todas as informações que vimos nos slides no domingo, mas convém observar duas coisas importantes: Primeiro, que estas cartas foram escritas para igrejas pouco tempo depois do ministério de Jesus e dos apóstolos; dependendo da data, apenas 40 ou 60 anos haviam passado. João, o discípulo que conheceu e andou com Jesus pessoalmente, ainda estava vivo. Mesmo assim, em tão pouco tempo, haviam apenas duas das sete igrejas—Esmirna e Filadélfia—que Jesus pôde elogiar sem críticas! As outras cinco, enquanto tinham aspectos positivos, estavam em estágios progressivos de declínio. Éfeso estava se comportando bem, mas sem zelo, sem paixão. Pérgamo ainda tinha uma maioria fiel, mas estava poluída com doutrinas falsas. Tiatira estava tolerando a presença de uma profetisa falsa que levava os membros à prostituição espiritual e literal. Sardes era uma igreja zumbi: dizia estar viva, mas estava morta! Só tinha uma minoria fiel, sem se contaminar. E por fim, Laodiceia demonstra a situação mais séria: era a igreja sem distintivo algum—nem quente, nem fria—e que havia perdido a referência mais importante, Jesus Cristo! Jesus se apresenta como estando no lado de fora, pedindo entrada à sua própria igreja, ao seu próprio corpo! Se em tão pouco tempo haviam igrejas como estas, existe uma séria lição para nós, dois mil anos depois de Cristo.

CORAÇÕES ABERTOS

Podemos enxergar estas cartas de várias formas, mas convém lembrar que o texto não está criando exemplos ilustrativos; está citando exemplos históricos. Estas igrejas existiram pouco depois do tempo de Cristo e dos apóstolos. Elas servem de exemplo para nós, pois representam situações reais que aconteceram, e que facilmente podemos reconhecer no mundo cristão atual.

Que igreja nos representa? Uma forma bem prática de aplicar o que vemos nas igrejas é de entender como elas podem representar igrejas atuais com atitudes e comportamentos semelhantes. E já que a igreja é constituída de membros, podemos também fazer aplicação pessoal e examinar a nossa vida para ver se estas atitudes e comportamentos estão presentes em nós, individualmente.

Por isso fizemos uma pergunta no final da mensagem: e se Jesus escrevesse uma carta para a nossa igreja? Dividimos em cinco partes: Como Ele se revelaria para nós? Que práticas Ele poderia elogiar? Que críticas Ele teria? E Seus avisos, seriam para nós, ou para aqueles que nos perseguem ou que nós resistimos? Que promessas Ele faria para nos encorajar?

Seria difícil saber especificamente como Ele se revelaria, que avisos daria, ou que promessas faria. Mas já considerou o fato que a Bíblia é a carta de Deus ao homem? Nela temos tudo que Deus quis revelar de Si mesmo à humanidade. Nela temos registrado todas as Suas promessas de importância eterna!

Agora, quanto aos elogios e as críticas, creio que podemos examinar a nossa própria vida e ter uma boa ideia do que seriam. E é justamente isso que faremos na seção “Mãos Estendidas”.

MÃOS ESTENDIDAS

Considere os elogios que Jesus fez às igrejas da Ásia. Assinale os comportamentos que você pratica habitualmente. Considere porque você não pôde assinalar os outros, e comece a orar e tomar passos práticos para poder praticá-los.

  • boas obras (que demonstram sua fé em Cristo)
  • fidelidade a Cristo e o Seu nome (não negar a fé)
  • fidelidade à Bíblia (guardar a Palavra)
  • amor (por Deus, pelos outros)
  • perseverança
  • sofrimento por Cristo (perseguição e calúnias)
  • serviço (servir aos outros)
  • oposição à falsa doutrina e aos falsos mestres

Que outras atitudes ou comportamentos você considera louváveis, que Jesus talvez pudesse elogiar na sua vida? 

Considere agora as críticas que Jesus fez às igrejas da Ásia. Assinale os comportamentos que você diria, honestamente, que você pratica. Ore a Deus, arrependa-se deles, e considere passos práticos para guardar a Sua Palavra para que eles não façam mais parte da sua vida.

  • vivendo a caminhada cristã sem paixão, no automático
  • se poluindo com doutrinas falsas
  • tolerando e seguindo falsos mestres
  • afirmando estar vivo, mas de fato estar morto
  • vivendo com o nome de Cristo, mas sem a Sua presença

Que outras atitudes ou comportamentos você diria que Jesus teria que apontar na sua vida? O que você está fazendo para “despir-se” (Ef 4.22-24) dessas coisas?

MENTES OCUPADAS

Dia 1

João 8.31-47

Dia 2

Apocalipse 2.1-29

Dia 3

Apocalipse 3.1-22

Dia 4

Números 22.1-41

Dia 5

1 Reis 21.1-29

Dia 6

Daniel 11.29–35

Dia 7

Zacarias 13.7–9

Nossa Mãe? O que a Bíblia ensina sobre Maria?

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Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra”. (Lucas 1.38)

OUVIDOS ATENTOS

“Nossa mãe”. É uma expressão tão difundida na sociedade e cultura brasileira que é usada até entre protestantes e evangélicos, pessoas que certamente não aderem à ideia da tradição religiosa que Maria é mãe de todos os cristãos da igreja. A proposta da mensagem deste domingo foi de desconstruir o que sabemos ou pensamos a respeito de Maria; de separar a Maria da tradição religiosa da Maria do texto bíblico e examinar não só o que a Bíblia diz (ou não diz) a respeito dela, como também estabelecer uma atitude correta para o cristão em relação à Maria.

O primeiro passo no estudo foi procurar entender porque uma expressão tão inocente como “nossa mãe” não é tão inocente assim. Vimos que é uma teologia que provém da tradição religiosa, e não do texto bíblico. Nesta tradição, a mulher Maria cresceu na sua importância na igreja institucionalizada ao longo dos séculos. Primeiro, ela foi, justamente, honrada como mãe de Jesus. Mas no século V, o concílio de Éfeso determinou que já que Jesus é homem e Deus, Maria deve ser mãe de Deus. A noção opera junto com outros dogmas da igreja referentes à Maria: a Concepção Imaculada, que diz que Maria também foi concebida sem pecado, e que para muitos significa que ela continuou sem pecado por toda a vida; a centralidade de Maria em eventos como o recebimento do Espírito no dia de Pentecostes; a Assunção, na qual Maria participou da ressurreição de Cristo, subindo ao céu de igual forma. Por meio destes e de outros dogmas, Maria tomou mais um passo e se tornou mãe da igreja, ou “nossa mãe”.

O segundo passo do estudo foi estudar o que a Bíblia diz a respeito de Maria, e a verdade é que diz muito pouco. Mateus e Lucas destacam Maria na história da anunciação e nascimento de Jesus; João destaca alguns momentos durante a vida de Cristo, e é o único a colocar Maria na crucificação; Marcos só fala dela uma vez, indiretamente como Jesus, filho de Maria. Atos tem apenas uma referência. Talvez mais importante, as epístolas, que estabeleceram doutrinas e ensinamentos de Cristo para a igreja primitiva, não ensinam nada sobre Maria. Qual deve ser a atitude bíblica em relação à Maria, então? Podemos enxergá-la como exemplo para nós. Ela é exemplo de uma mulher solteira que optou obedecer a Deus mesmo numa situação humanamente muito difícil. Como mãe, ela demonstrou a humildade e obediência a Deus ao criar o Filho de Deus. Ela também é exemplo para qualquer cristão. Como qualquer outra pessoa pecadora, ela precisou crer em Cristo para Sua salvação e para ser seguidora de Jesus. Ela é nossa mãe? Não, é nossa irmã em Cristo.

CORAÇÕES ABERTOS

Vamos aplicar o que aprendemos à nossa vida espiritual. Para isso vamos expandir as lições que podemos aprender do exemplo de Maria. Precisamos ressaltar duas coisas: Maria é singular por ter sido escolhida para carregar no ventre o Verbo Encarnado e dar à luz o Salvador do mundo. Mas a Bíblia não ensina que ela foi diferente dos outros seres humanos em qualquer outro aspecto. Viveu, teve outros filhos com seu marido José, e morreu, e agora espera o dia da ressurreição juntamente com todos os santos. Por outro lado, ela é um bom exemplo para nós porque é um dos raros exemplos bíblicos positivos; ou seja, alguém de quem a Bíblia não relata decisões erradas. Não quer dizer que ela viveu sem pecado, óbvio (Rm 3.10), mas que ela viveu uma vida exemplar e podemos imitar o seu bom exemplo.

Uma solteira exemplar. Já considerou a história de Maria? É possível que ela era adolescente, de uns 16 a 19 anos de idade (que seria idade normal para casar naqueles dias). Compare os dois seguintes aspectos da vida dela à sua vida, ou à vida de adolescentes hoje: ela era virgem, e ela estava disposta a obedecer a Deus, mesmo que isto lhe custasse a sua reputação ou até sua vida. E você, sua vida solteira teve estas qualidades? Você está criando os seu filhos para serem solteiros puros e obedientes a Deus?

Uma mãe exemplar. Ser pai (pai ou mãe) é uma grande responsabilidade. Com cada filho, damos início a uma vida que existirá para sempre em um de dois destinos, na eternidade com Deus, ou nos tormentos eternos do lago de fogo. Nosso propósito é apontar o coração dos nossos filhos em direção ao seu Criador, e ao único Salvador. A tarefa de Maria foi singular; ela estava criando o Filho de Deus. Pais, vocês estão criando os seus filhos para servir ao Filho de Deus?

Uma seguidora exemplar. Em cada momento da vida de Maria que temos registrado na Bíblia, vemos uma seguidora de Deus e de Jesus. Ela não questionava, até mesmo quando não entendia. Ela também estava entre aqueles que esperavam a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Embora não seja “nossa mãe”, ela certamente é nosso exemplo (entre muitos outros) de fidelidade, humildade e obediência.

MÃOS ESTENDIDAS

Vamos por em prática o que aprendemos esta semana.

Hoje não vamos receber visitas do anjo Gabriel; também não temos razão para acreditar que Deus falará conosco de forma audível para nos contar os Seus planos. Por quê? Porque Jesus Cristo já veio e habitou entre nós. O grande plano de Deus já chegou ao seu auge na vida, morte e ressurreição de Cristo! Agora estamos vivendo o plano de espalhar as boas novas da salvação em Cristo até que Ele volte. Mas mesmo sem visitas angelicais e planos específicos revelados diretamente por Deus, nós temos, sim, o plano e propósito de Deus revelado nas Escrituras.

A grande pergunta é: qual a nossa atitude em relação ao plano de Deus?

A resposta de Maria, “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra” (Lucas 1.38) ainda é um ótimo exemplo para nós.

Você é servo do Senhor?

Examine a sua vida. Analise uma dia da sua vida e considere quanto tempo e esforço é usado direta ou indiretamente para o plano e propósito de Deus. Quanto tempo é usado em coisas banais, coisas egoístas, coisas abertamente pecaminosas. Você pode dizer, verdadeiramente, que é servo de Deus?

Você permite a ação do Espírito Santo na sua vida pessoal?

Maria disse “aconteça comigo”—ela entendeu e se submeteu ao plano de Deus para ela. Quem está no controle da sua agenda e vida pessoal, Deus ou o seu eu? Está permitindo a ação de Deus na sua vida?

Você permite a ação do Espírito Santo na sua vida interpessoal?

Nós não fomos feitos para nós mesmos. A resposta humilde e obediente de Maria beneficiou a todos nós. Como você está permitindo que Deus aja por meio da sua vida para alcançar e abençoar as pessoas ao seu redor?

As suas atitudes e os seus comportamentos são coerentes com a Palavra de Deus?

“Tua palavra” no caso de Maria era a mensagem de Deus por meio do anjo. Para nós, a Palavra é a Bíblia. Você conhece o plano de Deus? Você vive em obediência aos mandamentos e princípios bíblicos?

MENTES OCUPADAS

Dia 1

Mateus 1-2

Dia 2

Lucas 1-2

Dia 3

Mt 12.46-50; Mc 3.31-35; Lc 8.19-21

Dia 4

Mt 13.53-58; Mc 6.1-5;
Lc 4.20-30; Jo 6.41-43

Dia 5

João 2.1-12

Dia 6

João 19.25-27

Dia 7

Atos 1.1-14

A Morte e a Ressurreição (2): Para que Serve a Ressurreição?

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Colossenses 3.1-17

Ouvidos Atentos

Neste domingo da Páscoa, estudamos sobre a ressurreição de Cristo. Repetimos a fórmula da semana retrasada: descrevemos o evento para depois entender a verdade espiritual que acontecia naquele evento. Para a crucificação, examinamos Mateus 27, e estudamos a obra de Jesus na cruz a partir de 2 Co 5.19-21. Neste domingo, assistimos uma bela apresentação da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus direto dos textos de João, e estudamos a importância da ressurreição a partir de Colossenses 3.1-17, nos concentrando especialmente nos vv. 1-4.

Podemos resumir o estudo desta passagem com a seguinte afirmação: A ressurreição de Jesus Cristo é a base da nossa vida cristã diária, e a esperança da nossa vida eterna futura. Paulo começa o texto dizendo, “Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo…” (v. 1), ou seja; tudo que ele vai explicar aceita  como pressuposto duas verdades importantes. Primeiro, que a morte e a ressurreição de Jesus Cristo foram fatos históricos. Em segundo lugar, que o registro bíblico está correto quanto ao valor espiritual destes fatos; que em Sua morte o nosso velho homem também foi crucificado (Rm 6.6, 7) e que na Sua ressurreição nós também ressurgimos para uma nova vida (Rm 6.4, 5).

Já que Ele foi crucificado e ressuscitou, e, pela fé, nós também participamos da morte e da ressurreição, Paulo exorta o cristão a uma nova atitude (ou pensamento) e a um novo comportamento (norteado pela nova atitude). Ele nos instrui a procurar e manter os nossos pensamentos “no alto”, ou nas coisas divinas, “onde Cristo está assentado à direita de Deus” (Cl 3.1-3). Este novo jeito de pensar (atitude, cosmovisão), nos levará a uma nova maneira de viver (comportamento), na qual nós mortificamos o velho homem, e nos revestimos dos valores que caracterizam Jesus Cristo e Deus Pai. Tudo isso prevê a vida eterna futura, garantida em Cristo, quando seremos manifestados com Ele em glória (v. 4).

Corações Abertos

O que nós aprendemos no domingo tem inúmeras aplicações espirituais, algumas claramente indicadas no texto. Paulo explica em termos claros que a ressurreição de Cristo tem repercussões abrangentes na nossa vida diária como crentes em Cristo Jesus.

Uma Maneira Nova de Enxergar a Vida (pensamento). A partir do momento que aceitamos a Jesus como Salvador, a Bíblia nos descreve como novas criaturas (2 Co 5.17), cidadãos do céu (Fp 3.20) e sacerdócio real (1 Pe 2.9), entre outras coisas. O cristão pensa diferente do não-cristão, ou pelo menos deveria pensar; pensamentos e desejos que refletem os valores de Deus (do alto).

Onde estão os seus pensamentos? Eles estão com Cristo, ou estão escravizados às preocupações da vida? Podemos resolver os problemas diários por meio dos pensamentos voltados para Deus?

Uma Maneira Nova de Viver a Vida (comportamento). O cristianismo se confunde em relação a fé e as obras. A Bíblia mostra claramente que a fé deve levar às obras, e não as obras à fé. Isso não anula as obras; o comportamento cristão deve ser diferente, e governado pela nova atitude em Cristo. Discuta com o seu grupo maneiras práticas de aplicar as duas dinâmicas abaixo na vida diária do cristão.

Mortificar/Despir-se Vivificar/Revestir-se
imoralidade sexual profunda compaixão
impureza bondade
paixão humildade
ganância/idolatria mansidão
ira/indignação paciência
maldade perdão
maledicência amor
linguagem indecente paz
mentira gratidão

 

Mãos Estendidas

Quando vemos as duas listas lado a lado (como na seção “Corações Abertos”), fica bem claro que a vida sob o pecado se concentra no eu e na satisfação dos desejos do eu; mas a vida em Cristo tem um foco que parte do eu, mas opera a serviço do outros. Isso encaixa muito bem com os princípios que já observamos de Tiago 4, onde vemos que as contendas e dissensões que ocorrem vêm das nossas próprias paixões e nossos próprios desejos.

O texto de Colossenses (e outros), deixa claro que um dos propósitos divinos em Cristo é trazer a unidade em meio à diversidade; de quebrar barreiras que separam pessoas: “Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos” (3.11).

Tarefa: Durante a próxima semana, comece um novo hábito (se você já não o faz). Escolha uma prática da lista “mortificar”, e determine abandonar aquela prática em Cristo. A seguinte ideia serve apenas de exemplo, você escolherá a área mais apropriada para sua vida.

Considere a “maledicência” (literalmente, “blasfêmia”—difamar, ou falar mal dos outros). Se isso for algo que você pratica—fofocando sobre as pessoas, falando mal de alguém para outra pessoa, insultando pessoas que te machucam, etc.—então você se concentraria em mortificar a maledicência esta semana.

Alguns exercícios práticos:

  • Ore pela pessoa da qual falava mal. Uma oração positiva! Procure saber as necessidades e desafios da vida dela, para orar com ciência.
  • Vença o mal com o bem (Rm 12.18-21). Em vez de falar mal, procure beneficiar a pessoa de alguma forma.
  • Confesse e peça perdão. Procure a pessoa e explique a situação, e busque o seu perdão.

O interessante deste exercício é que ao ser proativo na mortificação, os pensamentos e comportamentos que devemos vivificar acontecem automaticamente. Humildade nos leva a querer parar de falar mal, e também de buscar perdão, que está ligado ao amor e à paz. Fazer o bem implica bondade. Os outros valores naturalmente fluirão do nosso desejo (novo) de querer fazer o que é certo.

Mentes Ocupadas

Nossa leitura bíblica desta semana:

Dia 1

Mateus 28.1-20

Dia 2

Marcos 16.1-20

Dia 3

Lucas 24.1-53

Dia 4

João 20.1-30

Dia 5

Colossenses 3.1-17

Dia 6

Romanos 6.1-11

Dia 7

Romanos 6.12-23

A Morte e a Ressurreição (1): O Que Aconteceu na Cruz?

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2 Coríntios 5.19-21

Ouvidos Atentos

Neste domingo fizemos um breve intervalo na série Podes Crer para estudar sobre a crucificação de Cristo, preparando para estudar sobre Sua ressurreição na Páscoa. Depois de ler a série de eventos durante a crucificação no evangelho de Mateus (27.15-61), examinamos 2 Coríntios 5.19-21 para entender o que estava acontecendo espiritualmente enquanto Jesus padecia e morria na cruz.

Paulo divide o ensino deste trecho em cinco temas: Deus, por intermédio dos Seus ministros, que falam da parte de Cristo, tem uma mensagem de reconciliação, a saber, que Ele resolveu o problema do pecado do homem em Cristo. Observa-se uma nítida distinção entre o plano da salvação (reconciliar o homem pecador em Cristo), que está completamente nas mãos de Deus, e a mensagem da salvação, que Deus escolheu confiar às pessoas fiéis que se mobilizam e fazem o apelo de Deus: reconciliem-se com Ele!

O versículo chave do nosso estudo foi o v. 21, uma declaração que o autor e pastor John MacArthur afirma ser um dos melhores resumos do evangelho: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”. Este versículo opera em conjunto com a afirmação  que Deus em Cristo “não lança em conta” os nossos pecados (v. 19), mas ao invés de contar contra nós, Ele fez uma grande troca: tornou Jesus, o Seu perfeito Filho, em pecado—nosso pecado!—para que nós pudéssemos nos tornar a justiça de Deus (v. 21)!

Foi isso que aconteceu na crucificação de Cristo: Deus estava reconciliando em Cristo todo aquele que, por motivo do seu pecado, nunca teria acesso ao seu Criador. Como? Atribuindo ao seu Filho, que não tinha pecado, todos os nossos pecados, e imputando a justiça perfeita de Cristo a nós.

Corações Abertos

Este trecho se aplica facilmente à ideia de compartilhar o evangelho. Da mesma forma que Paulo fazia o apelo à igreja de Corinto, podemos entender como nós que temos o evangelho hoje devemos compartilhar com aqueles que ainda não O conhecem.

Observamos no mundo evangélico várias formas de tentar motivar os cristãos a evangelizarem:

Por pressão ou sentimento de culpa. Este tipo de apelo é aquele que diz, “Olha, você sabe que precisa contar para as outras pessoas sobre Jesus, certo? Deus ordenou, você tem que fazer! Você é um crente muito ruim se não está falando de Cristo para os outros”. Isso funciona? Você já se sentiu pressionado pela culpa a falar de Cristo para as outras pessoas? Este tipo de evangelismo é eficaz? A qualidade da mensagem é boa sob este tipo de pressão?

Tá tudo azul! Outros acham que devemos nos concentrar apenas nas coisas positivas da mensagem do evangelho: vida eterna, vitória, prosperidade, o amor de Deus ou Jesus como amigo, camarada. De certo modo, chega a um ponto que pessoas nem sabem porque precisam da salvação, pois parece que está “tudo azul”—não há um problema. Este “evangelho” está completo? O que falta? Foi assim que Jesus declarou o evangelho? Paulo? João, discípulo do amor?

Equilibrado. Paulo diz que foi constrangido, não por culpa, mas pelo amor de Jesus, pois entendia que a salvação não só servia para todos, mas era necessária para todos. A mensagem do evangelho, para ser completa, precisa esclarecer o quê? Quais são os elementos principais da mensagem do evangelho, usando 2 Coríntios 5.19-21 como guia.

Mãos Estendidas

Esta seção foi adaptada do texto em inglês que se encontra
nesta página do site IX Marcas.

Mark Dever, o autor do livro “9 Marcas de uma Igreja Saudável”, afirma que podemos resumir bem o evangelho se entendermos o sentido bíblico de quatro palavras:

Deus, Homem, Cristo e Resposta.

Mark Dever explica um pouco mais a respeito de cada termo:

Deus. Deus é Criador de todas as coisas (Gn 1.1). Ele é perfeitamente santo, digno de toda adoração e punirá o pecado. (1 Jo 1.5, Ap 4.11, Rm 2.5-8).

Quando você apresenta o evangelho para alguém, você apresenta o retrato bíblico de quem Deus é?

Homem. Todas as pessoas, embora criadas boas, tem se tornado pecadoras por natureza (Gn 1.26-28; Sl 51.5; Rm 3.23). Desde o nascimento, todas as pessoas são alienadas de Deus, hostis contra Deus e sujeitas à ira de Deus (Ef 2.1-3).

Quando você apresenta o evangelho para alguém, você apresenta este retrato bíblico da natureza e responsabilidade humana?

Cristo. Jesus Cristo, que é completamente Deus e completamente homem, viveu uma vida sem pecado, morreu na cruz para aceitar em si a ira de Deus no lugar de todos aqueles que creriam nEle e ressuscitou da morte a fim de dar a Seu povo a vida eterna (Jo 1.1; 1 Tm 2.5; Hb 7.26; Rm 3.21-26; 2 Co 5.21; 1 Co 15.20-22).

Quando você apresenta o evangelho para alguém, você apresenta Cristo como a Bíblia o revela?

Resposta. Deus chama a todos em todos os lugares para se arrependerem dos pecados e crerem em Cristo para serem salvos (Mc 1.15; At 20.21; rm 10.9-10).

Estas boas novas tem impactado a sua vida? Como a mensagem do evangelho transborda da sua vida para a vida dos outros? Que resposta você está pedindo destas pessoas?

Voltando à discussão dos principais elementos da mensagem de 2 Co 5.19-21: este trecho lida com todos os quatro elementos sugeridos pelo Mark Dever? Onde se encontram?

Mentes Ocupadas

Nossa leitura bíblica desta semana:

Dia 1

Mateus 27.11-61

Dia 2

Marcos 15.1-47

Dia 3

Lucas 22.63-70; 23.1-49

Dia 4

João 18.28-40; 19.1-42

Dia 5

2 Coríntios 5.1-10

Dia 6

2 Coríntios 5.11-21

Dia 7

Romanos 4.1-25 (esp. 18-25)