Podes Crer (2): Evidente aos que Viram

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JOÃO 20.11-18

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Depois de demonstrar as evidências físicas da ressurreição de Jesus, João reforça seu argumento em favor da ressurreição com o testemunho de algumas pessoas importantes, as testemunhas oculares do Cristo ressurreto. Especialmente importante é o testemunho de Maria Madalena.

Todos os evangelistas mencionam a Maria Madalena, mas mesmo assim sabemos muito pouco sobre sua vida. Lucas menciona brevemente que ela era uma mulher “de quem haviam saído sete demônios” (8.42). Fora isso, sabemos que ela estava presente durante o ministério de Jesus desde a Galileia, estava entre as mulheres presentes na crucificação de Jesus, foi uma das mulheres que viu onde O sepultaram e que ela estava com as mulheres que foram visitar o túmulo no primeiro dia da semana. O relato de João demonstra como o amor e a lealdade dela foram recompensados pelo aparecimento de Cristo ressurreto, fazendo dela a primeira testemunha ocular da Sua ressurreição.

Vemos na Maria o retrato de um discípulo frustrado: ela seguiu Jesus durante o Seu ministério, ela cria nEle e na Sua mensagem. Mas também viu, de forma grotesca e brutal, o Seu ministério chegar a um fim humilhante, a morte na cruz. Viu a sua esperança sendo sepultada e agora mais um ultraje—levaram o corpo dEle. Ela foi para os discípulos e João e Pedro vieram ao túmulo, mas sem dar resposta. Imagine o desespero dela! Ela estava tão focada nessa perda e confusão que conversou com anjos como se fosse coisa corriqueira, e quando viu Jesus O confundiu por um jardineiro. Mas com apenas uma palavra, seu próprio nome, o Mestre abriu os olhos dela: Ele estava vivo e presente na sua frente! Imagine o turbilhão de emoções que ela sentiu ao presenciar a inversão de tudo que sentia pouco antes: medo se tornou esperança; tristeza e frustração, alegria e realização; dúvida desapareceu diante da certeza concreta da Sua presença.

Jesus fez de Maria Sua primeira mensageira das boas novas. É surpreendente que Sua mensagem não foi, “Estou vivo”, mas “Estou voltando para meu Pai”. Ele esclareceu que Sua presença ainda seria temporária, Ele tinha que subir para o Pai, mas observamos como Sua morte e ressurreição mudaram o Seu relacionamento com Seus discípulos. Agora, eles eram “irmãos”, e Ele estava voltando para “meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês” (v. 17).

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Esse relato da experiência da Maria depois da ressurreição tem algumas lições espirituais muito pertinentes para nós. Não é que nós experimentaremos algo idêntico ao que Maria passou (seria impossível), mas que podemos observar que, por mais diferentes que sejam as nossas circunstâncias, ainda somos chamados para a mesma fé e obediência no nosso dia a dia.

O Discípulo Frustrado — Maria é uma pessoa admirável no relato da morte e ressurreição de Jesus. Enquanto Seus discípulos fugiram e se esconderam, ela estava entre as mulheres que O acompanharam até o sepultamento. Quando voltou com as mulheres para o túmulo e o acharam aberto, algumas delas, amedrontadas, não falaram nada (Mc 16.8); outras, como Maria, foram e contaram aos discípulos (Lc 24.10-12), mas somente Maria voltou ao túmulo e ficou lá. Ela não sabia o que aconteceu, mas persistiu na sua lealdade a Jesus mesmo em meio àquele transtorno todo.

Você já se frustrou com o plano de Deus? Já pensou ou orou algo como, “Estou seguindo o plano de Deus, mas nada está acontecendo como achava que aconteceria!” Como você respondeu às circunstâncias? Isso enfraqueceu ou fortaleceu a sua fé? Está disposto a obedecer a Deus, mesmo quando parece que isso só traz mais dificuldade e sofrimento? Mesmo quando Seu plano parece ter chegado no fim de uma rua sem saída?

O Discípulo que Perde o Foco — Por mais admirável que seja a atitude leal de Maria, também podemos ver como ela acabou focando tanto no seu problema—o corpo que desapareceu—que ela nem conseguiu enxergar a presença do seu Mestre.

Você já esteve tão focado no problema ou nas circunstâncias que você não conseguiu enxergar Deus e a Sua solução? Qual é a sua tendência mais comum diante das dificuldades: desespero ou esperança? Você crê, verdadeiramente, que “Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (2 Pe 1.3). Tudo que necessitamos, por meio do pleno conhecimento de Deus. Nunca nos falta Deus, nos falta conhecimento de Deus e do Seu plano. Devemos focar nisso.

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A história de Maria nos lembra que a vida cristã é um processo de purificação por meio da provação; estamos sendo refinados como ouro.

Leia 1 Pedro 1.3-7 e responda as seguintes perguntas.

O que Deus realizou em sua vida “conforme sua grande misericórdia”?

O que é ser regenerado “para uma esperança viva”? Quem precisa ser regenerado, afinal? (Dica: leia Ef 2.1-10).

O que a ressurreição de Jesus Cristo tem a ver com a nossa regeneração?

O que é essa “herança que não jamais pode perecer, macular-se ou perder o seu valor”? O que isso implica acerca do sofrimento que passamos aqui na terra? Que coisas perecem, maculam-se ou perdem seu valor?

Será que podemos perder essa esperança ou perder a salvação na qual a esperança está estabelecida? O que o texto diz que protege a nossa herança? Mediante o quê? Alguém ou alguma coisa pode lutar ou vencer contra o poder de Deus? (Dica: leia Rm 8.35-39).

Como podemos então “exultar” (Tiago diz “regozijar”) mesmo quando entristecidos por “todo tipo de provação”? Que tipo de provação você está passando? Como tem respondido: esperança viva, ou desespero que provém da morte?

Maria foi provada e sua fé mostrada como genuína com o aparecimento de Jesus. Na revelação final de Jesus, na Sua segunda vinda, a sua fé ficará comprovada como mais valiosa que o ouro? Sua fé está ancorada, firme e segura nos céus pela obra de Jesus por você (Hb 6.19-20), ou você continua sendo levado como as ondas (Tg 1.6-8) ou por todo vento de doutrina (Ef 4.14)?

Como você está obedecendo o plano de Deus para a igreja local, onde Ele designou que você fosse preparado para toda boa obra (Ef 4.11-16)?

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Dia 1

João 20.11-18

Dia 2

1 Pedro 1.3-7

Dia 3

Tiago 1.2-8

Dia 4

Romanos 8.35-39

Dia 5

Hebreus 6.17-20

Dia 6

João 14.1-7

Dia 7

Efésios 4.11-16

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