A Oração de Jesus (3): Proteção e Santificação

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JOÃO 17.11b-19

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No nosso estudo do evangelho de João, a série “Podes Crer”, estamos examinando a oração de Jesus do capítulo 17. O nosso estudo se divide nas três partes de Sua oração, nas quais Jesus ora por Si mesmo (vv. 1-5), pelos discípulos (vv. 6-19) e por aqueles que crerão por meio da mensagem dos discípulos (vv. 20-26). Na terceira mensagem da minissérie, estudamos os dois pedidos de Jesus acerca dos Seus discípulos.

Primeiro, vimos que Ele orou pela proteção deles. É bastante evidente pelas Suas palavras que Jesus não pedia que Deus os poupasse de sofrimentos e tribulações momentâneas, mas falava de guardá-los até o dia final da sua salvação.  Ele pede que Deus Pai os guarde em Seu nome, implicando a garantia de Deus, que é zeloso pela Sua gloriosa reputação. Mas os discípulos continuavam no mundo; Ele diz claramente que não pede para retirá-los do mundo. Ou seja, Seus discípulos ainda viveriam nesse mundo que odeia Cristo e Seus seguidores, mas Seu foco era no destino eterno, não na passagem temporária por essa vida. A proteção dos Seus discípulos é garantida pelo fato de ser a missão de Jesus, que nenhum deles, além de Judas, se perca (Jo 6.39; 10.28). Na saída de Jesus, pela morte e depois pela ascensão, eles ficariam no mundo que os odiava e que é influenciado pelo Maligno. Jesus pedia que Deus os guardasse apesar de tudo isso, até o dia final.

Mas por que deixar os discípulos aqui neste mundo? Por que não retirá-los imediatamente? A chave para o entendimento disso está na próxima parte da oração, onde Jesus roga pela santificação dos Seus discípulos. Hebreus 9.11-15 ilumina de forma muito impactante a teologia bíblica da santificação, pois demonstra o significado e importância do sangue de Cristo nesse processo, com o pano de fundo dos sacrifícios do Velho Testamento: “Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção” (v. 12). A oração de Jesus em João 17 apontava para a Sua morte na cruz, onde Seu sangue santificaria aqueles que pela fé recebessem a graça de Deus. Mas a santificação também é pela verdade—a Palavra de Deus—pois como um processo de refinação de ouro, a fé dos discípulos seria testada e aprimorada. Por isso não pediu para os tirar do mundo, mas os deixou nele para passar pelo processo da santificação.

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Sabemos que nessa parte da Sua oração Jesus ainda orava especificamente pelos Seus discípulos, os onze homens que estavam com Ele naquele momento. Vamos aplicar o que aprendemos sobre essa oração à nossa vida espiritual.

A Proteção de Deus. Como tantos outros ensinamentos bíblicos, temos que distinguir entre o conceito do mundo e a doutrina bíblica. Quando pensamos em proteção no dia a dia, que ideias vem à mente? Proteção física? Psicológica? Moral? O que você faz diariamente para proteger a sua pessoa, a sua família, os seus pertences e assim por diante? Como isso é diferente da proteção que Jesus tinha em mente quando pediu que Deus guardasse os discípulos? Ele os guardou de sofrimentos momentâneos? Prometeu uma vida tranquila para eles? E hoje, o cristão tem alguma garantia de que não irá sofrer?

Leia 1 Pedro 5.1-11 (esp. 8-10). O que Pedro diz sobre os sofrimentos? Qual é a garantia que temos de Deus acerca da salvação?

A Santificação de Deus. Como vimos, um dos motivos que Deus não nos tira desse mundo ao sermos salvos é para que passemos pelo processo de santificação. Na oração de Jesus, o que Ele menciona duas vezes que está ativa na nossa santificação? E diz que essa verdade é o quê? Você enxerga a extrema importância da Palavra de Deus na sua salvação?

Leia Rm 10.13-17. Nesse texto, o que é indispensável para chegarmos à fé em Cristo?

Leia Ef 5.25-27. Como Paulo descreve o processo de santificação/purificação da Sua igreja? Que dois elementos esse texto tem em comum com a oração de Jesus?

Como essas verdades objetivas das Escrituras impactam a sua vida em Cristo?

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Vamos aplicar as verdades que aprendemos de forma prática. 

Numa folha em branco, responda às seguintes perguntas, pensando em sua situação ou na situação de alguém que você conhece.

Quais são as dificuldades, provações ou sofrimentos que você tem experimentado?

Qual tem sido a sua resposta a essas coisas? Lembrando que “a boca fala do que o coração está cheio”, o que esta resposta revela sobre o seu coração? Ansiedade, temores, ira ou outras respostas pecaminosas, ou fé em Deus?

Você tem meditado nas verdades bíblicas acerca da proteção eterna de Deus, não no sentido de o livrar dos sofrimentos, mas da promessa de glória futura maior do que qualquer tribulação que possa passar nessa vida? (Rm 8.18-30) Se meditou, como isso o confortou? Se não, leia e lembre das promessas de Deus acerca da vida eterna e medite nelas.

Aliste como Deus pode estar usando as suas provações para santificá-lo pela Sua Palavra. “Mas eu não sei o que a Bíblia ensina que se aplicaria à minha situação”. A solução para esta ignorância é leitura e meditação na Palavra de Deus. “Eu sei o que a Bíblia ensina, mas não entendo como aplicar isso à minha situação”. Isso se chama imaturidade, e se resolve pelo exercício da sua fé (Tg 1.2-8) diante das provações. “Eu sei o que a Bíblia ensina, entendo o que devo fazer, mas por um motivo ou outro não estou colocando isso em prática”. A Bíblia diz que isso é inimizade, pois, de uma forma ou outra, você está amando o mundo mais do que as coisas de Deus (Tg 4.1-10). A solução é humilhar-se diante de Deus,  pedir o Seu perdão, e aproximar-se dEle. Se esses três empecilhos não são um problema para você, não deve ter dificuldade em enxergar e alistar como as provações estão operando na sua santificação.

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Dia 1

João 17.11b-19

Dia 2

Romanos 8.18-30

Dia 3

1 Pedro 1.3-9

Dia 4

Hebreus 9.11-15

Dia 5

Tiago 1.2-8

Dia 6

1 Pedro 5.1-11

Dia 7

Tiago 4.1-10

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