A Oração de Jesus (2): Identidade

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JOÃO 17.6-11a

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No nosso estudo do evangelho de João, a série “Podes Crer”,  estamos examinando a oração de Jesus do capítulo 17. O nosso estudo se divide nas três partes de Sua oração, nas quais Jesus ora por Si mesmo (vv. 1-5), pelos discípulos (vv. 6-19) e por aqueles que crerão por meio da mensagem dos discípulos (vv. 20-26). Na segunda mensagem da minissérie, vimos que Jesus faz uma afirmação surpreendente: Ele não orou pelo mundo, mas pelos Seus discípulos. Examinamos as qualidades daqueles por quem Ele orava.

Já observamos nos capítulos 8 e 10 que o evangelho de João descreve qualidades de falsos e verdadeiros discípulos. Um dos grandes temas do evangelho é que existem pessoas que declaram fé em Jesus, mas não têm as qualidades que apontam para a verdadeira fé nEle, portanto não são discípulos verdadeiros. No texto de João 17.6-11a, Jesus dá novamente as características ou marcas de verdadeiros discípulos. Estas marcas estão inseparavelmente interligadas com certas ações de Deus (soberania divina), e apontam para decisões conscientes da parte daqueles que creem em Cristo (responsabilidade humana).

Por um lado, vemos a ação soberana de Deus. Nas afirmações de Jesus, entendemos que três coisas pertenciam a Deus: o Seu nome (ligado à sua glória), Sua Palavra e os Seus discípulos. Deus Pai deu estas coisas ao Filho, para que o Filho revelasse o nome de Deus e transmitisse as Suas palavras, a fim de que os Seus discípulos tivessem a vida eterna. Tudo isso aconteceu sem a ação ou escolha humana.

Por outro lado, vemos a responsabilidade do homem; um ato de volição. Em resposta à revelação de Jesus, Ele diz que eles reconheceram que Jesus e Sua obra vieram de Deus; eles aceitaram as palavras que Jesus transmitiu da parte de Deus; e, por fim, eles creram que Jesus foi enviado. Isso deve nos lembrar do propósito do livro de João: que creiamos que Jesus é o Cristo (ou seja, enviado), o Filho de Deus, e crendo tenhamos vida em Seu nome (Jo 20.30, 31). É por estes discípulos que Jesus orava e não o mundo, pois são esses que Ele estava deixando no mundo com a Sua volta ao Pai. Como estrangeiros, os verdadeiros discípulos estavam no mundo, mas não pertenciam ao mundo; pertencem a Deus.

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O evangelho de João afirma claramente que a pergunta crucial para a nossa vida espiritual é: eu pertenço ou não a Deus? Também deixa claro que a resposta dessa pergunta é uma realidade absoluta e não uma perspectiva subjetiva. Não é algo que podemos conquistar por algum mérito ou esforço próprio. Somos salvos “pela graça” (ação soberana de Deus) “por meio da fé” (ato da nossa volição que responde à graça). Se juntarmos isso ao propósito da igreja de afirmar e supervisionar a nossa confissão, entendemos também que não é algo que determinamos individualmente. A confissão é individual, mas o que comprova, supervisiona, acompanha e direciona essa confissão é a vida em comunidade com outros confessores.

Como podemos saber quem realmente pertence a Deus? Que marcas os verdadeiros discípulos apresentam no seu testemunho (palavras e ações)? Leia Mt 7.1-5. Qual é a diferença entre julgar o irmão e a responsabilidade da igreja de supervisionar um ao outro?

Como nós recebemos a revelação do nome de Deus hoje? Leia 2 Pe 1.15-21. No monte da transfiguração, Pedro viu Jesus junto com Moisés e Elias; ele ouviu a voz de Deus afirmando o Filho. Mesmo assim, ele fala das Escrituras (“a palavra dos profetas”) como sendo “palavra mais firme”. A Bíblia tem a prioridade que precisa ter em sua vida como discípulo?

Você guarda a Palavra de Deus? Não basta apenas ler; é preciso meditar e se deleitar (Salmo 1), é preciso guardar em seu coração para não pecar contra Deus (Sl 119.11). Você permanece na Palavra (Jo 8.31)?

Sua vida reflete o reconhecimento da origem divina de Jesus e Sua obra? De que Ele mais do que uma figura histórica importante, Ele é Deus Filho, enviado por Deus Pai para transformar a Sua vida para os propósitos do Seu reino? Em outras palavras: você aceita a mensagem de Jesus como um todo? Você crê verdadeiramente em Jesus? Como isso impacta o seu dia a dia? Como você tem anunciado esse evangelho para outras pessoas?

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É surpreendente quão rapidamente a nossa saúde individual se torna o assunto dos outros. É só falar que você tem alguma condição médica—simples ou grave—que pessoas te informarão, com impressionante autoridade leiga, de tudo que você deveria ou não deveria fazer para tratar do seu problema. Não é à toa que temos a expressão, “De médico e de louco, todo o mundo tem um pouco”.

Não é triste que nós podemos formar opiniões e compartilhar tanto em áreas que muitas vezes entendemos pouco, mas quando se trata de um assunto bem mais importante—a salvação eterna da alma—nós hesitamos e justificamos o não falar de Cristo? Afinal, outro ditado diz que “política, religião e futebol não se discutem”, mas hoje em dia podemos ouvir muita discussão sobre política e futebol, mas poucos que compartilham o evangelho. De médico e louco, sim, mas de evangelista, nem um pouco!

Mas o que isso tem a ver com a oração de Jesus?

Na Sua oração Jesus orou especificamente por Seus discípulos, e não pelo mundo. Ele descreveu marcas distintas que diferenciavam os discípulos das outras pessoas do mundo. Ele rogou pelos discípulos, orando por proteção, santificação, unidade e comunhão. Não é triste que Jesus colocou tanta importância nos discípulos e naqueles que creriam por causa da mensagem dos discípulos e parece que hoje a Sua igreja põe tanta importância no mundo, a mensagem do mundo e o amor pelo mundo?

Você afirma pertencer a Deus e vive de tal forma que a igreja possa afirmar e supervisionar a sua confissão? Isso inclui compartilhar o evangelho para que outros possam conhecê-Lo?

Quando foi a última vez que você revelou (no sentido de fazer conhecida) a mensagem clara do evangelho de Jesus Cristo para alguém? Que oportunidades Deus tem dado que você deixou passar? Que outros assuntos você compartilhou ao invés de falar do assunto mais importante? Você deu algum conselho médico recentemente? E conselhos para a salvação da alma, você tem dado algum? Vamos compartilhar o que de graça recebemos!

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Dia 1

João 17.1-5

Dia 2

João 17.6-19

Dia 3

João 17.20-26

Dia 4

João 8.12-47

Dia 5

João 10.24-39

Dia 6

2 Pedro 1.12-21

Dia 7

Salmo 119:9-16

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