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Mateus 18.21-30
Neste domingo ouvimos uma mensagem importante acerca do perdão do texto de Mateus 18.21-30. Relata como Pedro fez uma pergunta a Jesus, “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu a pergunta com uma história para ilustrar a importância do perdão na vida do cristão. Na Sua história havia um homem que foi perdoado de uma dívida astronômica que se recusou a perdoar alguém que lhe devia uma quantia relativamente pequena. Ao contar a história Jesus estava ressaltando a incoerência daqueles cujos pecados (uma dívida espiritual astronômica) foram perdoados e mesmo assim têm dificuldades em perdoar pequenas ofensas das outras pessoas.
Estudamos de três perigos que corremos em relação ao perdão. Primeiro examinamos o perigo de não termos uma visão bíblica da enormidade da nossa dívida pessoal. O servo perdoado agrediu o seu conservo devedor e exigiu pagamento por causa de dois motivos importantes. Como credor, ele maximizou a sua própria importância acima do rei que havia perdoado a sua grande dívida. Como devedor, ele minimizou a sua dívida perante a dívida muito menor do conservo devedor. Quando não enxergamos a enormidade do nosso pecado contra o Deus Criador, é fácil colocar mais importância nas ofensas de outras pessoas contra nós.
Isso está interligado com o perigo de não ter uma visão bíblica da grandeza do perdão concedido. Por não considerarmos a profundidade do nosso pecado, é muito fácil esquecer da imensa graça e misericórdia de Deus reveladas na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Nessa condição concluímos que somos de alguma forma merecedores da graça imerecida de Deus, portanto julgamos as ofensas alheias como não sendo merecedoras do nosso perdão.
Com isso corremos o perigo de não estender a grandeza do perdão para outras pessoas. A atitude e as ações do servo perdoado contra o seu conservo demonstraram que ele não aprendeu a lição de compaixão ensinada pelo rei que o perdoou. Isso levou à sua prisão, onde teve que arcar com as consequências da sua descompaixão: o rei exigiu que ficasse lá até pagar a sua dívida impossível.
Vamos considerar as implicações da pergunta de Pedro e da resposta de Jesus em nossa vida espiritual.
Dá para enxergar a mesquinhez da pergunta, “quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim”? Diante da grandeza do perdão de Deus, devemos determinar um número de vezes que devemos perdoar aqueles que nos ofendem?
Quando você colocou a sua fé em Cristo, você declarou, direta ou indiretamente, que você tinha uma a dívida impagável de pecado. Você teve que reconhecer a grande ofensa do seu pecado contra o seu Deus Criador.
Leia Cl 2.13-15. De acordo com esse texto, qual era o nosso estado antes de Cristo? O que Deus fez conosco? O que Ele fez com nossos pecados? O que fez com escrita de dívida contra nós? O que isso implica a respeito da enormidade da nossa dívida e a grandeza do Seu perdão?
Pense nas inúmeras maneiras que nós podemos ofender um ao outro no decorrer da vida. Há alguma ofensa entre um ser humano e outro que possa comparar com a ofensa do pecado contra o Santo Deus? Sendo assim, existe alguma ofensa imperdoável entre nós seres humanos diante do fato que Deus já perdoou a verdadeira ofensa imensurável em Cristo?
Será que o meu perdão—graça e misericórdia concedida a alguém—tem mais peso do que o perdão de Deus? Por que então nós nos ofendemos quando Deus não se ofende e não perdoamos quando Deus já os perdoou?
Quem em toda terra pode nos ofender mais do que o nosso pecado já ofende a Deus? Quem em toda a terra nos deve mais do que nós devemos a Deus? Dê graças ao Deus Santíssimo! O nosso pecado, a nossa grande dívida, foi paga! A cósmica e furiosa ira de Deus contra nós jorrou e se saciou no imenso sacrifício de Jesus Cristo, para nunca mais ser imputado contra nós!
Será que nós praticamos o mesmo tipo de implacabilidade e descompaixão que o servo perdoado demonstrou no texto de Mt 18.21-30? Talvez exibimos uma forma mais leve, como na pergunta de Pedro? Como podemos evitar os perigos que estudamos e exercer o perdão verdadeiro que nos foi concedido em Cristo?
Leia Mt 18.15-17; Lc 17.3, 4. A instrução de buscar a reconciliação é direcionada a quem nesses textos, o ofendido ou o ofensor? Quem deve tomar a iniciativa na reconciliação, o ofendido ou ofensor? Repare também nas instruções de como a confrontação deve ser feita. Você tem praticado isso em sua vida? Tem alguém que o ofendeu que você ainda não abordou para procurar restaurar o seu relacionamento? Por que essa pessoa é menos merecedora do seu perdão do que o perdão de Deus? Vá e reconcilie-se!
Leia Mt 5.23, 24. Nesse caso, o texto dá a responsabilidade da reconciliação ao ofendido ou ao ofensor? Note a seriedade do momento; que adianta dar uma oferta no altar se você ofendeu alguém e ainda não buscou o perdão dele? Você tem confessado e buscado o perdão prontamente quando você se lembra de ter ofendido alguém? Vá e procure ser perdoado!
Leia Gl 6.1, 2. Esse texto dá a responsabilidade a quem, o ofendido ou o ofensor? Na verdade não é para nenhum dos dois! Poderíamos dizer que é dada ao observador, aquele que vê um irmão cometendo algum pecado. Note as qualificações que o texto prescreve: se você obedecer a essa instrução, como deve agir? Você está restaurando seus irmãos em Cristo em obediência a essa instrução?
Afinal de contas, a responsabilidade de tomar a iniciativa é do ofendido, do ofensor ou do observador? A resposta bíblica é “sim”. O autor Lou Priolo explica da seguinte forma: se você está ciente de algum pecado, você deve tomar a iniciativa para corrigir o problema e buscar a reconciliação.
Isso pode parecer muito intrometido ou constrangedor, mas a mensagem clara de Mateus 18.21-30 (e outros textos) é que a marca mais aparente de um coração verdadeiramente perdoado é um coração que está pronto a perdoar os outros.
Dia 1
Mateus 18.21-30
Dia 2
Mateus 7.1-5; Lucas 6.41-42
Dia 3
Colossenses 2.13-15
Dia 4
Mateus 18.15-17; Lucas 17.3, 4
Dia 5
Mateus 5.23, 24
Dia 6
Gálatas 6:1, 2
Dia 7
Marcos 11.25, 26




