Entendendo a Culpa

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Salmo 103.8-14

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Você ou alguém que você conhece vive com a consciência pesada? Talvez até um sentimento escravizador de culpa? Nesse domingo estudamos a culpa pela lente da verdade bíblica ensinada acerca dos nossos pecados no Salmo 103. Como é confortante saber o que Deus revela na Sua Palavra sobre a nossa culpa (ou falta dela em Cristo)! Continuar lendo

O Cenáculo (5): A Paz de Cristo.

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JOÃO 14.27

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Neste domingo concluímos a minissérie “O Cenáculo” onde estudamos o discurso de Jesus aos Seus discípulos antes de ser traído, preso, e crucificado (Jo 13.31-14.31). Lembrando que o discurso todo se concentra na glorificação de Jesus (Sua morte, ressurreição e ascensão), examinamos apenas um versículo no qual Jesus prometeu Sua paz aos Seus discípulos: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (Jo 14.27).

Estudamos essa paz a partir de uma definição sugerida pelo pastor e autor John MacArthur, onde observamos dois aspectos da paz. Primeiro, entendemos das Escrituras que existe a paz com Deus, uma realidade objetiva, que não vem de nós e que nós não experimentamos, mesmo que seja concedida a nós em Cristo. Essa é a paz descrita em Romanos 5, onde Paulo explica que, “sendo justificados pela fé, temos paz com Deus” (v. 1). É uma paz necessária, pois no nosso estado natural somos pecadores e por isso inimigos de Deus. Pelo Seu sangue, Jesus nos justificou (v. 9), e estabeleceu a paz entre Deus e o homem (Cl 1.20). Essa paz já foi alcançada, e está disponível a todo aquele que nEle crê.

A Bíblia também fala de uma paz subjetiva, algo dentro de nós, que pode ser experimentada, a paz de Deus. Vimos que essa paz é inseparavelmente ligada à paz com Deus, pois sem o entendimento da paz estabelecida em Cristo não há verdadeira paz experiencial. Jesus até fez a distinção quando falou que Sua paz não é a mesma paz que o mundo dá. A paz do mundo quer estabelecer a sensação de paz (subjetiva) sem garantir a paz de fato (objetiva). Em Filipenses, Paulo diz que teremos a paz de Deus quando confiamos nEle, colocando diante dEle nossas ansiedades em oração (4.6, 7). Quer ter paz em sua vida? Você, cristão, já tem paz! A paz com Deus foi estabelecida pelo sangue de Jesus, portanto é possível experimentar a paz de Deus em sua vida.

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Para aplicar o que aprendemos sobre as obras à nossa vida espiritual, podemos examinar o que Jesus disse em três partes:

“Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou”. 

Como explicamos na seção anterior, podemos entender essa paz de duas formas. Cristão, pela fé você foi já declarado justo pelo sangue de Jesus ao aceitá-Lo como Seu Salvador. Você tem paz com Deus! Essa paz lhe dá acesso à paz de Deus para guardar seu coração e sua mente (Fp 4.6 ,7). A pergunta pertinente é: você experimenta a paz de Deus em sua vida?

“Não a dou como o mundo a dá”. 

Se um Cristão não experimenta a paz de Deus, é certamente porque não entende a diferença entre a paz de Deus e a paz do mundo. A paz de Deus não é a ausência de conflitos e problemas ou sentimentos ruins; é a constante presença de Deus em meio aos conflitos e problemas. É a presença dEle que permite buscar a paz quando é humanamente impossível. Você está acreditando e encarando a definição real da paz encontrada na Bíblia? Ou, como muitos, prefere viver uma fantasia inventada pelos homens?

“Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo”.

Se Jesus deu a paz aos Seus seguidores, por que também deu essa ordem de não se perturbar e não ter medo? Os sentimentos de medo e ansiedade são naturais aos homens—em alguns casos são até mecanismos que nos avisam de perigos reais. Os discípulos estavam prestes a passar por dias difíceis após a morte de Jesus. A mensagem dEle era que não podiam ser dominados pela perturbação do coração ou pelo medo. Você é dominado por alguma ansiedade ou medo? Confie em Deus; foi Ele que estabeleceu a paz em Cristo.

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Como o cristão pode experimentar a paz de Deus diariamente num mundo abarrotado de conflitos e problemas? 

O mundo está numa constante busca pela paz. Como vimos na definição do dicionário, a busca é pela cessação dos conflitos ou pela ausência de perturbações. Ao mesmo tempo o mundo não é capaz de oferecer essa paz de forma objetiva em nenhum lugar no planeta. O mundo prescreve o pensamento positivo, mas esse pensamento é uma fantasia: tenta criar uma realidade virtual positiva na mente que bate de frente com a realidade concreta negativa do mundo em que vivemos.

O interessante é que a prescrição bíblica para a paz também é voltada ao pensamento, mas o pensamento bíblico não é uma fantasia; está firmada e alicerçada num Deus absoluto e verdadeiro, o Deus de paz. Aos judeus, o profeta Isaías afirmou: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti” (Is 26.3). Quando juntamos isso às palavras de Paulo aos Filipenses, temos a receita para o pensamento bíblico: “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com vocês” (Fp 4.8, 9).

  • Pense nessas coisas! Esses pensamentos não se formam num vácuo. Estude sua Bíblia e medite nas qualidades do caráter de Deus. Cerque-se de coisas que estimulam o seu amor por Deus.
  • Pratique essas coisas! Tendo estudado a Palavra de Deus, ponha em prática. O texto promete paz ao praticante da Palavra.

 

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Dia 1

João 14.1-31

Dia 2

Colossenses 1.15-23

Dia 3

Filipenses 4.4-9

Dia 4

Romanos 5.1-11

Dia 5

Romanos 15.7-13

Dia 6

Isaías 26.1-4

Dia 7

Salmo 91.1-16

O Cenáculo (4): O Espírito e a Revelação.

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JOÃO 14.15-27

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Neste domingo, na minissérie “O Cenáculo” (Jo 13.31 – 14.31), nós continuamos nosso estudo do discurso de Jesus aos Seus discípulos antes de ser traído, preso, e crucificado. Lembrando que o discurso todo se concentra na glorificação de Jesus (Sua morte, ressurreição e ascensão), estudamos o texto em que Jesus descreve a obra do Espírito Santo na revelação (Jo 14.15-27).

Além de chamá-Lo de Espírito da verdade no v. 17, Jesus diz aos Seus discípulos que o Espírito Santo “lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse” (v. 26). Há muita confusão na igreja hoje acerca da revelação. Muitos ensinam como se Deus estivesse, a cada momento, revelando coisas novas. A Bíblia, no entanto, diz que a dinâmica da revelação chegou ao seu auge na pessoa de Jesus:  “Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho (Hb 1.1, 2). Ou seja, ao longo da história humana, Deus tem, de fato, se revelado ao homem de diversas maneiras, mas Jesus Cristo é a maior e derradeira revelação de Deus—o próprio Deus encarnado, habitando entre nós. Por que o autor de Hebreus não falou dos apóstolos ou outros autores do Novo Testamento? Talvez seja porque esses homens escreveram para relembrar a vida de Cristo e dar significado à vida em Cristo. Passada aquela primeira geração de testemunhas oculares, não havia mais necessidade de revelar informações novas. Pela inspiração do Espírito Santo, a primeira vinda de Cristo e Sua volta iminente já estavam registradas para o proveito das gerações futuras, para que o cristão “seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2 Tm 3.17).

Vimos que embora essa função de inspiração do Espírito Santo fosse apenas para os autores do Novo Testamento, também temos respaldo bíblico para entender que Ele continua iluminando o cristão de hoje (1 Jo 2.27). Em outras palavras, Ele ainda opera na vida do cristão para ensiná-lo a entender e aplicar as Escrituras inspiradas. Convém entender que essa iluminação não é nova revelação, mas entendimento acerca da Sua maior revelação—Jesus—e isso por meio da Sua Palavra.

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Vamos aplicar o que aprendemos sobre as obras à nossa vida espiritual.

Existe muita confusão acerca da palavra “revelação” no mundo cristão. Podemos aplicar alguns testes a essas “revelações”:

A “revelação” está levando pessoas a glorificar a Deus, ou ao homem? Recentemente, postaram um vídeo no Facebook de um jovem “revelando” Jesus em todos os livros da Bíblia. Os quase nove mil comentários elogiavam o rapaz e sua impressionante “revelação”. Mas ele estava, de fato, revelando Jesus nas Escrituras? Se podemos ver Jesus nas páginas da Bíblia, não seria porque Deus O revelou? É certo glorificar o homem por apontar para a revelação de Deus, ou glorificar a Deus por revelar-se ao homem?

A “revelação” está simplesmente repetindo a mensagem já revelada das Escrituras? Isso não é revelação, é proclamação (se for feito corretamente). Devemos ensinar as Escrituras como foram reveladas, não como se fossem informações novas recebidas pessoalmente. Vemos exemplos de pessoas “profetizando” as palavras do Velho Testamento para vida de uma pessoa. Além de não ser profecia, normalmente é uma mensagem mal-interpretada e portanto mal-aplicada. Convém discernir.

Alguém diz que recebeu nova revelação que contraria a Palavra de Deus? Leia Gl 1.6-12. O que o apóstolo Paulo diz sobre alguém que prega “outro evangelho”? Que essa mensagem, na realidade, não é o evangelho! Que essa pessoa é anátema—amaldiçoada! É importante ressaltar que nesse mesmo texto Paulo está dizendo que, diferente de outros autores aos quais o Espírito Santo fez lembrar de momentos que presenciaram, ele recebeu revelação direta e especial (vv. 11, 12). Seu caso era especial, mas mesmo assim, estava de pleno acordo com o evangelho que os Apóstolos ensinavam.

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Vamos aplicar o que aprendemos sobre o Espírito Santo à nossa vida de forma prática.

Jesus disse, “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse” (14.26). No caso, Ele estava descrevendo àqueles discípulos a obra do Espírito Santo neles, de recordar Suas Palavras, e no caso dos autores do Novo Testamento, escrevê-las.

Mas como fica então para os discípulos do século XXI? João também escreveu o seguinte sob a inspiração do Espírito Santo: “Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês, e não precisam que alguém os ensine; mas, como a unção dele recebida, que é verdadeira e não falsa, os ensina acerca de todas as coisas, permaneçam nele como ele os ensinou” (1 Jo 2:27).

Uma evidência da presença do Espírito Santo (a unção de 1 João) é discernimento. Não precisar que alguém os ensine não está menosprezando a função dos pastores e mestres na igreja, mas ressaltando a presença do Espírito da verdade no cristão. Você consegue discernir se alguém está oferecendo uma mensagem coerente com a verdade das Escrituras?

O discernimento do Espírito não é algo místico. As emoções e sentimentos que Deus nos deu não devem ser base para o nosso entendimento. Se não conhecermos a Sua Palavra, não há base para comparação que o Espírito possa usar. Em outras Palavras, da mesma forma que o Espírito lembrou os discípulos do que eles haviam ouvido, o Espírito hoje traz à recordação a Palavra que nós ouvimos (ou lemos). “A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Quanto da Bíblia você tem colocado em seu coração para que o Espírito possa fazer essa obra de iluminação e discernimento em sua vida?

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Dia 1

João 14.1-31

Dia 2

Hebreus 1.1-2

Dia 3

2 Timóteo 3.1-17

Dia 4

1 João 2.24-27

Dia 5

Gálatas 1.6-12

Dia 6

Romanos 10.13-17

Dia 7

2 Pedro 1.16-21