O Cenáculo (3): As Obras e o Espírito.

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JOÃO 14.12-17

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Neste domingo, na minissérie “O Cenáculo” (Jo 13.31 – 14.31), nós continuamos nosso estudo do discurso de Jesus aos Seus discípulos antes de ser traído, preso, e crucificado. Lembrando que o discurso todo se concentra na glorificação de Jesus (Sua morte, ressurreição e ascensão), estudamos as palavras que Jesus ofereceu para confortar e assegurar os Seus discípulos na Sua ausência (Jo 14.12-17).

No vv.  8-11, ao responder o pedido de Filipe de mostrá-los o Pai, Jesus explicou que quem vê o Filho, vê o Pai. Os discípulos deveriam acreditar que Ele está no Pai e o Pai está nEle. A prova disso estava nas obras que Jesus fazia (14.10, 11). No texto desta semana, vimos que Ele prometeu aos Seus discípulos que “aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai” (v. 12). Jesus estava declarando que na Sua ausência podemos ministrar essas obras com segurança, sabendo que agimos em Seu nome, para a glória do Pai por meio do Filho. É importante ressaltar que Ele não estava falando somente de sinais miraculosos, pois vemos que essas coisas encerraram com o final da era apostólica. Ele falava também de obras que nós continuamos fazendo hoje; as atitudes e comportamentos que transmitem o Seu evangelho para as pessoas dentro e fora do corpo de Cristo.

Outra lição importante desse texto é o começo do ensino sobre o Espírito Santo. Jesus explicou que se Seus seguidores O amam, obedecerão Seus mandamentos. Nesse contexto, acrescentou que Ele pediria ao Pai, e o Pai daria “outro Conselheiro”. Esse “parakletos” (um que acompanha, aconselha, ajuda e conforta) seria igual a Ele, mas outra “pessoa” da Trindade: o Espírito Santo. Ele também foi caracterizado como o Espírito da verdade. Veremos mais adiante alguns ministérios do Espírito, mas por ora examinamos que, na ausência de Jesus, Ele é uma constante presença na vida do crente que o ensina e o capacita para a obediência que demonstra o seu amor por Jesus. O Espírito não é reconhecido, nem conhecido pelo mundo, mas está com o crente, e habita no crente.

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Vamos aplicar o que aprendemos sobre as obras à nossa vida espiritual.

Aquele que crê em Jesus fará também as obras que Ele fez. 

Existem muitos pensamentos equivocados sobre a função e importância das obras na vida do cristão, mas o fato é que o próprio Jesus falou que os Seus seguidores fariam grandes obras.

Eu sou salvo (ou mantenho minha salvação) pelas boas obras?

Muitos creem que as obras são o caminho para a salvação. Outros, que a salvação é pela graça, mas a vida cristã é mantida pelas obras. Leia Ef 2.1-10. Será que podemos fazer obras suficientes para obter a graça de Deus? Leia Gl 3.1-11. O que o v. 3 diz sobre viver a vida em Cristo pelo próprio esforço? Será que obras são a maneira que mantemos a salvação ou vivemos a perfeição de Cristo?

Eu preciso manifestar obras miraculosas (curas, milagres, línguas) para provar que sou salvo?

Houve uma grande confusão acerca dos sinais miraculosos da era apostólica desde o começo do século XX. Muitas igrejas alegam usar estes sinais, e quem não os faz é tratado como cidadão de segunda classe do reino. Mesmo que ainda existissem hoje, não temos respaldo bíblico para usá-los como evidência da salvação ou da espiritualidade.

Eu fui salvo pelas boas obras ou para elas? 

Bom, já respondemos a primeira parte. Leia Tito 2.11-14. Onde as obras se encaixam no plano de Deus? Devemos praticá-las? Você está, de fato, praticando as boas obras?

Por fim, as minhas obras correspondem ao critério de glorificar o Pai no Filho (Jo 14.13)?

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Vamos aplicar o que aprendemos sobre o Espírito Santo à nossa vida de forma prática.

Jesus disse, “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade” (14.16). Em outras palavras, o Espírito Santo é uma promessa de Deus para aqueles que creem no Filho (no contexto do v. 10).

Eu preciso sentir a presença do Espírito Santo para saber que Ele está na minha vida? A resposta simples é “não, não precisa”. Primeiro porque a vida em Cristo é baseada na fé em Sua Palavra, não nos sentimentos pessoais. Mas também porque a Bíblia aponta as evidências que podemos usar para avaliar Sua ação em nossa vida.

Procure evidências da ação do Espírito Santo em sua vida:

Você ama a Jesus? No texto de domingo (Jo 14.12-17), vimos que a presença do Espírito está ligado ao amor por Cristo. Que evidências existem na sua vida que você ama a Jesus? Você procura cercar-se de hábitos, pessoas e comportamentos que estimulam o seu amor por Ele? Se não, por que não?

Você obedece aos Seus mandamentos? Uma grande evidência, tanto do amor por Jesus, quanto a presença do Espírito, é a obediência. Você procura saber e obedecer ao que Jesus ensinou na Sua Palavra?

Você conhece a verdade bíblica (prova da ação do Espírito da verdade em sua vida)? Como podemos amar e obedecer a Jesus se não conhecemos a verdade? Afinal, Ele é a verdade (14.6) e pediu ao Pai que enviasse o Espírito da verdade. Que maior evidência podemos ter do que essa verdade presente em nossa vida?

Você enxerga a presença do fruto do Espírito em sua vida? Em Gálatas 5.22, 23 vemos que existem produtos naturais espirituais em nossa vida a partir da presença dEle. Leia o texto, e anote como esse fruto se manifesta em sua vida.

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Dia 1

João 14.1-31

Dia 2

Efésios 2.1-10

Dia 3

Gálatas 3.1-11

Dia 4

Gálatas 5.22, 23

Dia 5

Tito 2.1-15

Dia 6

2 Timóteo 4.1-5

Dia 7

Tiago 2.14-26

O Cenáculo (2): O Caminho, a Verdade e a Vida.

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JOÃO 14.1-11

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Neste domingo, na continuação da minissérie “O Cenáculo”, estudamos o texto de João 14.1-11. Estabelecemos uma visão panorâmica do discurso de Jesus, desde a saída de Judas Iscariotes (13.31) até o final da ceia (14.31). Nesse esboço, observamos que o tema central é que Jesus estava prestes a morrer (ser glorificado, vv. 31-33), e queria dar instruções finais para os Seus discípulos, para confortar e sustentá-los na Sua ausência. É interessante observar que além das verdades reveladas diretamente por Jesus nesse discurso temos várias verdades importantes reveladas pelas respostas de Jesus às perguntas de Pedro, Tomé, Filipe e Judas.

No texto de João 14.1-11, Jesus procurou confortar os Seus discípulos na Sua ausência apelando a sua fé: “Vocês creem em Deus, agora creiam também em mim” (v. 1). Eles precisavam entender que Sua morte era necessária: por meio dela Ele estava preparando lugar para eles com o Pai, e por ela eles poderiam futuramente estar onde Ele estiver (vv. 2-3). Então Ele fez uma declaração surpreendente: “Vocês conhecem o caminho para onde vou” (v. 4). Lembrando que até esse momento no discurso Ele não falou claramente da Sua morte, e não explicou exatamente para onde ia. Tomé, sempre prático, expressou uma dúvida razoável: “Se você não falou para onde vai, como podemos saber o caminho?” Graças a Deus Tomé estava lá para perguntar, pois Sua resposta é um dos textos mais impactantes e importantes das Escrituras: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (v. 6). Nessas poucas palavras Jesus declara que Ele é exclusivo, absoluto e necessário para aqueles que querem acesso a Deus Pai.

A reação de Filipe é bem comum atualmente: ao pedir que Jesus mostrasse o Pai, ele estava pedindo mais revelação. Ou seja, “se Deus se revelar da forma que eu acho necessário, eu acreditarei”. A resposta de Jesus continua sendo válida ainda hoje: não há outra revelação maior ou mais completa do que o próprio Jesus. Deus Pai e Deus Filho são um só (10.30)! Não procure mais revelação; escute e aprenda Jesus, Deus revelado em forma humana!

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Como podemos aplicar as verdades desse texto à nossa vida?

Você procura conforto real em meio as incertezas e os transtornos da vida? 

A solução não está nos nossos próprios esforços. Será que o plano de Deus é tão deficiente que depende de soluções humanas para se realizar? Algum esforço humano já levou à justiça ou à glória de Deus? Leia Romanos 3; alguém já foi justificado pela obediência à lei? Leia Efésios 2; alguém já foi vivificado da morte espiritual pelas obras?

A solução não é desistir e pecar. Será que o plano de Deus é tão impossível que não há como prosseguir sem optar por meios pecaminosos?

A solução está em Cristo: Você crê em Deus, creia também em Jesus!

Você, como Tomé, tem dúvidas sobre o plano de Deus?

Tem dúvidas sobre o caminho que leva a Deus? Simples: Jesus é o único caminho.

Tem dúvidas sobre que “verdade” acreditar no nosso mundo lotado de informações? Fácil! Há apenas uma verdade, e o Seu nome é Jesus!

Quer viver uma vida significativa e abundante? Jesus é a vida que Deus ofereceu para aqueles que creem nEle.

Você, como Filipe, está querendo um revelação especial?

Não há revelação mais especial do que Deus conosco!

Já considerou a grande presunção do ser humano que pede mais revelação a Deus? Essencialmente, quando pedimos mais, estamos dizendo a Deus, “Olha, Seu plano é legal, mas se o Senhor se revelasse da forma que eu acho bom e necessário, aí sim, eu acreditaria! Isso me bastaria.” Deus não oferece isso e nunca ofereceu.

Não precisamos de mais revelação; precisamos estudar e entender o que Ele já revelou.

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Como podemos por em prática as verdades desse texto em nossa vida?

Você procura conforto real em meio as incertezas e os transtornos da vida? 

Quais são as suas circunstâncias?

Que princípios e verdades Deus revelou na Sua Palavra para lidar com essas situações?

Como você está sendo confortado por Jesus e a revelação do plano de Deus para sua vida?

Você, como Tomé, tem dúvidas sobre o plano de Deus?

As suas atitudes e seus comportamentos apontam para fé em Jesus como o único caminho para o Pai? Tem algum outro caminho que você está seguindo que precisa abandonar para seguir Jesus?

Qual é a sua fonte de verdade absoluta? Você procura as Escrituras para comprovar as “verdades” ensinadas na igreja e na sociedade?

Como está sua vida? Você descreveria sua vida como significativa e abundante? Se não, o que está interferindo com a realização do plano de Deus para dar-lhe a vida em Cristo?

Você, como Filipe, está querendo uma revelação especial?

Às vezes esse desejo por revelação nova ou individualizada é sutil. Como podemos reconhecer que estamos insatisfeitos com a suficiência da revelação já dada por Deus?

Você já chegou à conclusão que não dá para prosseguir na sua vida sem alguma revelação específica de Deus? Enxerga como esta conclusão indica que a Palavra de Deus é deficiente? Jesus é a revelação completa de Deus. Não está faltando nada.

Você já chegou à conclusão que a única solução de um problema é confiar no homem ou pecar? É bem sutil, mas você vê como esta conclusão diz que a revelação de Deus não é suficiente para incluir aquela situação? Jesus é o caminho, a verdade e a vida; Ele é suficiente.

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Dia 1

João 13.31-38

Dia 2

João 14.1-31

Dia 3

Colossenses 1.13-20

Dia 4

Colossenses 2.9-15

Dia 5

João 1.1-18

Dia 6

João 10.24-30

Dia 7

João 17.1-26

O Cenáculo (1): O Discípulo e o Plano de Deus

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JOÃO 13.31-38

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Neste domingo começamos uma nova minissérie intitulada “O Cenáculo” que nos levará de João 13.31 até o final do capítulo 14. O tempo dessa minissérie é bem interessante, pois terminará bem próximo ao lançamento da adaptação do livro “A Cabana”. A premissa do livro é que um homem, passando por grande sofrimento depois da morte de sua filha, é chamado por Deus à cabana para um fim de semana com a trindade. Muitos saudaram o livro como uma excelente ilustração da trindade, mas a verdade é que o autor colocou na boca de Deus Pai, Deus Filho e o Espírito de Deus palavras contrárias à verdade revelada na Palavra de Deus. Já no cenáculo, Jesus passou Suas últimas horas antes da crucificação com Seus discípulos. Naquelas cenas, nós vemos homens num grande momento de incerteza e ansiedade recebendo conforto e instrução na revelação de Jesus a respeito da trindade. Quer conhecer melhor a trindade? Esqueça a cabana! Volte para o cenáculo.

Na primeira mensagem da minissérie observamos o ensinamento de Jesus logo depois da saída de Judas Iscariotes. Descobrimos algo muito importante sobre o plano de Deus: Ele não nos revela o Seu plano por completo, mas pede fé e obediência à parte do plano que nos revelou. Jesus tinha pleno conhecimento dos eventos que estavam prestes a acontecer, e mesmo assim, revelou apenas o necessário para estimular a fé em Deus, conforto nas promessas de Deus e obediência à Sua Palavra. Ele falava da Sua morte, mas colocou para os discípulos assim: “Meus filhinhos, vou estar com vocês apenas mais um pouco. Vocês procurarão por mim e, como eu disse aos judeus, agora lhes digo: Para onde eu vou, vocês não podem ir” (v. 32). Isso gerou incerteza nos Seus discípulos, pois não entendiam (ainda) que significava que Ele iria morrer. Ao invés de esmiuçar o plano, Ele pediu que cressem, e que obedecessem ao mandamento de amar uns aos outros como Ele os amou, para que o mundo pudesse entender que eram Seus discípulos.

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Você está passando por momentos de incerteza ou ansiedade em sua vida? Talvez, como os discípulos naqueles momentos antes e logo depois da crucificação, você se sente abandonado por Deus? Como podemos tirar conforto e segurança da Palavra de Deus em momentos de insegurança?

A lição nas palavras de Jesus. Ainda veremos o discurso completo de Cristo no cenáculo, mas até as poucas palavras que vimos no texto de domingo já oferece informações ricas a respeito de Deus e o Seu plano.

Deus tem um plano. Ao explicar a Sua glorificação e aludir à Sua morte, Jesus estava demonstrando o Seu entendimento completo e Sua dependência fiel ao plano eterno de Deus. Você é confortado em saber que Deus não só tem um plano para sua vida, mas que Ele está ativo em cumpri-lo?

Deus nem sempre divulga os detalhes. Até mesmo nesse momento importante, Jesus não explicou tudo que estava para acontecer. É importante perguntar a nós mesmos: estou disposto a crer e obedecer a Deus mesmo quando não sei todos os detalhes?

A lição das palavras de Pedro. Pedro achou que entendia o plano, e queria mostrar como estava disposto a seguir a Jesus, até na sua morte. Jesus sabia que Pedro ainda tinha sofrimento e crescimento pela frente antes de estar pronto a morrer por Ele. Naquela mesma noite, para escapar da prisão e possível morte, Pedro negaria Jesus três vezes!

Qual o seu grau de fidelidade a Jesus? Você tem uma visão realista da sua lealdade a Cristo? Ou como Pedro, você diria que é fiel, mas na hora de defender sua fé ou assumir a sua identidade de cristão, você O nega?

Você evita sofrimento que leva à maturidade? De certa forma falar de morrer por Cristo às vezes é uma forma de escapar de uma vida difícil vivida por Ele. Quando vêm as tribulações a sua tendência é buscar o escape (mesmo em pecado), ou de viver a sua fé em meio às dificuldades?

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Responda as seguintes perguntas numa folha de papel.

Quais são as suas circunstâncias? O que você está passando neste momento em sua vida? Bênçãos, alegria e riqueza, ou dores, tristezas e problemas financeiros?

Há alguma verdade revelada na Palavra de Deus que fala à sua situação? 

Se você respondeu sim: quais são os textos que dão mandamentos ou princípios acerca da sua situação? Você está obedecendo a esses mandamentos e princípios com fidelidade? Como sua obediência tem levado a uma fé mais profunda em Deus e Sua Palavra?

Se você respondeu não: Leia 2 Pe 1.3. Será que Deus se esqueceu de dar alguma coisa que precisamos para vida e piedade? Se você acha que não há algo na Bíblia acerca da sua situação, está na hora de conhecer melhor as riquezas da Sua Palavra!

Falar que devemos crer em Jesus e obedecer Sua Palavra é mais fácil do que viver esse princípio. Existem muitas situações em que nós concluímos que a única opção é uma resposta pecaminosa. Considere: 

Quando um cristão diz que conviver com o seu cônjuge é impossível e a única solução é a separação e divórcio ele está confiando e obedecendo a Palavra de Deus, ou dizendo que sua situação exige uma resposta pecaminosa?

Quando uma cristã diz que a única forma de “ser alguém” no mercado de trabalho é abandonar o papel bíblico de esposa e mãe, ela está confiando e obedecendo a Palavra de Deus, ou dizendo que sua situação exige uma resposta pecaminosa?

Como você está respondendo à situação que você anotou no início desta tarefa? Sua resposta demonstra confiança e obediência à Palavra de Deus, ou está dizendo que sua situação exige uma resposta pecaminosa?

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Dia 1

João 13.31-38

Dia 2

João 14.1-31

Dia 3

Jeremias 2.1-13

Dia 4

Efésios 1.1-14

Dia 5

Deuteronômio 29.29

Dia 6

2 Pedro 1.1-4

Dia 7

João 21.20-23