É ou Não É? (As Marcas de Um Verdadeiro Discípulo) (2): O Coração do Verdadeiro Discípulo

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JOÃO 13.34, 35

ouvidos-atentos

Neste domingo, na continuação da nossa série de estudos do evangelho de João (Podes Crer), terminamos uma minissérie em duas partes, “É ou Não É?: As Marcas do Verdadeiro Discípulo”. Nessas duas mensagens examinamos o contraste entre o falso e o verdadeiro discípulo de Jesus. Na primeira mensagem, estudamos a máscara do falso discípulo, exemplificado na vida de Judas Iscariotes. Neste domingo, observamos o coração do verdadeiro discípulo no novo mandamento de Jesus nos vv. 34-35.

Após a saída de Judas no v. 30, Jesus discute um assunto com Seus discípulos que só encerra no final do capítulo 14, com a saída deles do cenáculo. No meio da discussão sobre Sua morte e a vinda do Espírito Santo, Jesus declara: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (vv. 34, 35).

O texto é bastante claro: o verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que ama aos outros discípulos como Jesus os amou. Mas como esse mandamento é novo? Parece muito com o mandamento de Lv 19.18 que Jesus disse ser o segundo maior mandamento (Mt 22.35-40). A diferença está na forma de amar ao próximo. O mandamento original usava como base a auto-estima ou o amor próprio: “como a si mesmo”. Esse novo mandamento exige amar como Jesus nos ama (e, por extensão, amar a quem Jesus ama).

Se amar como Jesus nos amou é o padrão, convém entender o amor de Jesus, que é bastante diferente do amor sentimental e arbitrário que vemos na sociedade. Portanto, estudamos as qualidades do amor de Jesus, que examinaremos mais a fundo na seção “Corações Abertos”. Por fim, observamos a importância do amor mútuo como marca que demonstra ao mundo quem são os verdadeiros discípulos de Jesus. Examinaremos esta verdade na seção “Mãos Estendidas”.

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O leitor criterioso da Bíblia observará facilmente que o amor de Deus demonstrado ao longo dos séculos é bem diferente que o amor que costumamos ver na sociedade e que é retratado nas grandes histórias de amor. Ao invés de projetarmos a nossa definição do amor em Deus e julgá-Lo a partir do nosso entendimento ou sentimento, devemos aprender a definição do amor dEle, e usar isso como base para amar uns aos outros “como Ele nos amou”.

Existem muitas qualidades importantes do amor de Deus, mas focamos principalmente no fato que o amor de Deus é revelado nas Escrituras como uma decisão que Ele tomou; não um sentimento que Ele sentiu em reação ao ser humano. Observamos que o amor de Deus é uma decisão:

unilateral—Seu amor foi decidido antes da criação do mundo (Ef 1.4)— Como você ama as pessoas? As conhece primeiro para determinar o seu nível de afeto? Ou decide, antes mesmo de conhecê-las que, se Deus as ama, você também as amará?

incondicional—nos amou enquanto ainda éramos pecadores (Rm 5.8)—Quais são as condições que você impõe para o seu amor pelos outros? Por que as impõem? Isso demonstra gratidão a Deus por Seu amor incondicional?

sacrificial—seu amor por nós demonstrou-se no grande sacrifício de Jesus (Gl 2.20, 2 Co 5.21)—O que você está disposto a renunciar para demonstrar amor pelo seu próximo? E pelos “inimigos” então, você estaria disposto a se sacrificar?

iniciadora—Ele nos amou, e tomou a iniciativa para que pudéssemos ama-lo (1 Jo 4.10)—Você toma a iniciativa para criar e manter relacionamentos, ou vive na passividade?

eterna—nunca acabará; nada nos separará do seu amor (Rm 8.35-39)—Como devemos viver numa sociedade onde o elo de amor considerado o mais duradouro—o casamento—está sendo rompido num ritmo acelerado? Você decidiu amar verdadeiramente, como Deus o ama?

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O verdadeiro discípulo é aquele que crê somente em Jesus como Salvador. Esse discípulo precisa, necessariamente, crescer no seu conhecimento de Jesus, se submeter cada vez mais ao Seu senhorio e se conformar cada vez mais à Sua imagem. Um aspecto essencial desse crescimento é amar aos outros discípulos como Jesus amou. Francis Schaeffer denominou o amor uns pelos outros como “a marca do Cristão”. Observou que Jesus disse que seria o amor mútuo que faria a distinção entre o mundo e os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo. João—conhecido como “o apóstolo do amor”—foi bem mais duro na sua avaliação: “Desta forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus; e também quem não ama seu irmão”. (1 Jo 3.10) E mais: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. (1 Jo 4.8)

Como podemos avaliar e estimular o amor bíblico em nossa vida?

Conheça e entenda mais da verdade revelada de Deus sobre o Seu amor. Não adianta tentar impor a definição pífia do amor humano no Deus que é a própria definição do amor. Leia a Bíblia com intuito de compreender as demonstrações positivas e negativas (“o Senhor disciplina a quem ama”, Hb 12.6) do amor divino. Comece um diário com anotações a partir dessa busca.

Viva em comunidade com outros verdadeiros discípulos. Deus criou uma comunidade para o ajuntamento e edificação mútua dos Seus filhos: a igreja local. Procure estimular relacionamentos significativos com outros cristãos interessados no crescimento espiritual a partir da Palavra de Deus.

Decida amar ao invés de esperar ou tentar criar uma resposta emocional. Imite a Jesus! Entenda o amor como uma decisão: eu vou procurar o benefício do meu próximo, independentemente de quem for e o que fizer. Entenda que esse amor não significa tolerância ao pecado, e que existem relacionamentos que, pelo amor por Deus, devemos evitar (2 Jo vv. 6-10). Mas nesses casos também não é uma reação emotiva, mas uma decisão amorosa.

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Dia 1

João 13.1-20

Dia 2

João 13.21-38

Dia 3

Mateus 22.35-40

Dia 4

Romanos 8.35-39

Dia 5

2 Coríntios 5.21

Dia 6

2 João (esp. vv. 6-10)

Dia 7

1 João 3.1-15

É ou Não É? (As Marcas de Um Verdadeiro Discípulo)(1): A Máscara do Falso Discípulo

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JOÃO 13.21-30

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Neste domingo, na continuação da nossa série de estudos do evangelho de João (Podes Crer), iniciamos uma minissérie em duas partes, “É ou Não É?: As Marcas do Verdadeiro Discípulo”. Nestas duas mensagens examinaremos o contraste entre o falso e o verdadeiro discípulo de Jesus. O texto de João 13 trata dos momentos de Jesus após retirar-se do ministério público (12.36) para ensinar os seus discípulos em particular.

Vimos que durante a ceia, ele se despiu das suas vestes e tomou a bacia e a toalha do servo para lavar os pés dos seus discípulos, assim estabelecendo um exemplo de serviço para os seus seguidores. Ao longo do capítulo, João indica que a traição de Judas está próxima (vv. 2, 10, 11, 18), mas no versículo 21, Jesus declarou abertamente que havia um traidor no meio deles. A reação dos discípulos demonstrou que o falso discípulo nem sempre é evidente para os verdadeiros discípulos. Eles agiram conforme a natureza humana: duvidaram de si mesmos, e desconfiaram um dos outros. Por que eles não souberam de cara quem era o traidor? Porque muitas vezes o falso discípulo age de uma forma muito parecida com o verdadeiro discípulo. Essa é a máscara do falso discípulo; tem toda a aparência do verdadeiro: tem um momento de “conversão”; caminha com o Mestre; pode até ministrar como os verdadeiros seguidores; e adota a fala dos crentes verdadeiros. De fato, o coração do ser humano é tão traiçoeiro (Je 17.9) que até mesmo o falso discípulo engana a si mesmo! Se convence de que as suas ações provêm de um coração regenerado, quando na verdade não é. O pastor Matt Chandler disse recentemente que um dos grandes desafios de trabalhar numa região historicamente cristã (dos EUA, mas vale para o Brasil) é que: “pessoas não são de fato cristãs, mas pensam que são”.

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Mas por que pregar uma mensagem dessa numa igreja? Porque textos como esse servem para avisar justamente as pessoas que se acham seguras, mas de fato nem são salvas! Lembre-se de que os discípulos não só duvidaram um do outro, mas questionaram a sua própria fé—“será que sou eu?”

A intenção não é de fazer o salvo duvidar da sua salvação, mas despertar o falso discípulo a examinar-se e colocar sua fé somente em Jesus.

Precisamos entender duas verdades bíblicas acerca disso: Existem pessoas não-salvas que andam no meio cristão com toda a roupagem de crente, e muitas delas não desconfiam que não são salvas!

Estas verdades não se baseiam apenas no exemplo de Judas que, afinal, foi um caso especial.

Leia Mateus 13.24-30 

O joio é uma grama que se parece muito com trigo quando está verde, mas no ponto de colheita, é nitidamente diferente.

Esta parábola ensina que Deus retira o joio ao passo que ela é semeada, ou no final, no tempo da colheita? Qual é a implicação, se o trigo representa o salvo e o joio o não-salvo?

Leia Mateus 7.21-23

As pessoas chamam Jesus do quê? Isso indica que achavam que ele era importante?

Elas fizeram o que no nome dele? Ou seja, elas achavam que estavam o servindo ou não?

Mas o que ele diz para elas? Mas por quê? A chave do entendimento está no v. 21. Quem entra no reino dos céus? Então podemos concluir que estas pessoas, por mais bem-intencionadas, não estavam fazendo a vontade de Deus!

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O perigo aqui não é a perda da salvação; é colocar sua fé em algo além de Cristo somente e achar que a fé é válida. É “não ser de fato cristão, mas pensar que é”.

Aqui estão alguns textos bíblicos que servem como indicadores de uma fé verdadeira. Use-os para avaliar a sua vida, e para estimular outras pessoas a fazer o mesmo em sua vida.

A fé verdadeira é somente em Cristo.

Você crê em Cristo? Existem muitas pessoas que responderiam prontamente, “Sim!” Mas, ao avaliar o seu sistema de crença, ficaria evidente que sua fé não está verdadeiramente em Jesus Cristo como se apresenta na Bíblia (um Cristo falso), ou há algo acrescentado a sua fé (um Cristo fraco).

A fé verdadeira produz o fruto do Espírito. 

Gl 5.19-26 tem um contraste muito forte entre as obras da carne e o fruto do Espírito. O termo fruto implica o produto natural de um coração espiritualmente saudável. Quais destas características estão fluindo naturalmente do seu relacionamento com Cristo e a presença do Espírito? Que empecilhos precisam ser removidos para que possam crescer naturalmente em sua vida?

A fé verdadeira produz ação verdadeira. 

Obras não nos salvam (Ef 2.8, 9), mas servem como indicadores de um coração regenerado (Tg 2.18). Lembrando sempre de que o falso discípulo também pode fazer obras convincentes (exemplo de Judas), avalie os comportamentos da sua vida que apontam para um coração regenerado.

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Dia 1

João 13.1-20

Dia 2

João 13.21-35

Dia 3

Mateus 12.24-30

Dia 4

Mateus 7.21-29

Dia 5

Tiago 2.15-26

Dia 6

Gálatas 5.19-26

Dia 7

2 Pedro 1.1-11 (esp. v 10)