Jesus e a Festa dos Tabernáculos (4): Jesus, a Luz do Mundo

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JOÃO 8.12

OUVIDOS ATENTOS

Neste domingo, continuamos o nosso estudo de Jesus na festa dos tabernáculos em Jerusalém (João 7-8). O consenso de muitos estudiosos é que o texto de João 7.53-8.11 (a mulher adúltera) não se encaixa neste contexto da festa. (Existem vários motivos para esta conclusão, que estudaremos juntos com o texto em outro momento.) Sem esta passagem, vemos que a leitura apresenta uma narrativa contínua do 7.52 diretamente ao 8.12, indicando que os eventos do capítulo 8 também aconteceram durante a festa.

Jesus fez duas declarações “no último e mais importante dia da festa” (v. 37), ambas que correspondiam às duas tradições judaicas da festa: a cerimônia onde água do tanque de Siloé era despejada no lado do altar, e o acendimento de quatro grandes candelabros que iluminavam todo o monte do templo.

Primeiro, Ele convidou àqueles que tinham sede, que viessem e bebessem. Quem cresse nEle teria “rios de água viva” fluindo do seu interior (vv. 37-38). A segunda afirmação foi o ponto central do nosso estudo neste domingo. Depois da discussão gerada pela sua primeira afirmação (e o Seu ensino em geral), Jesus declarou, “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (8.12). Essa é a segunda declaração “ego eimi” de Cristo no evangelho, na qual Jesus estava se identificando com, e se igualando a, Deus, tomando o título divino de “Eu Sou” para si.

Identificar-se como a “luz do mundo” também remetia à divindade, pois lembrava das muitas imagens de luz no Velho Testamento ligadas a Deus, e a direção divina por meio da Sua Palavra. Os judeus ouvindo esta declaração entendiam que Jesus estava se associando à glória de Deus manifestada na coluna de fogo durante o tempo no deserto, como também à própria festa dos tabernáculos, que lembrava daquele tempo. Eles, porém rejeitavam a luz, porque amavam as trevas mais do que a luz, pois suas obras eram más (Jo 3.19). Ainda não sabiam que na eternidade chegará o dia em que não haverá mais sol, pois a presença de Deus iluminará os novos céus e a nova terra (Ap 22.5).

CORAÇÕES ABERTOS

Vamos aplicar o que aprendemos à nossa vida espiritual. Você não precisa ser filósofo para lutar com as perguntas básicas apresentadas na filosofia: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? É Interessante que, depois de declarar “eu sou”, Jesus disse “sei de onde vim e para onde vou. Mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou” (v. 14). Estudaremos mais sobre esta resposta na próxima mensagem, mas por ora é importante entender que ela está alicerçada na afirmação de que Ele é a luz do mundo. Ou seja, a iluminação necessária para que o homem tenha as respostas fundamentais da vida encontra-se na pessoa de Cristo.

Jesus declara que Ele é o próprio Deus. Parece que sempre batemos nesta mesma tecla, mas temos que entender que a deidade de Cristo é central a fé verdadeira. Ou Ele é Deus, ou Ele não é nada. Se cremos que Ele é Deus, Ele é a luz de Deus em nossa vida. E mais, João diz que nEle está a vida, e a vida (em Cristo) é a luz que procuramos! Você luta com alguma falta de entendimento? Que obstáculos estão obstruindo a passagem da luz para esta área da sua vida? O que Tiago 1.5 prescreve?

Jesus declara que Ele é a direção que devemos tomar. No Velho Testamento temos muitas ilustrações que apontam para Deus iluminando o caminho, diretamente, ou por meio da Sua Palavra. Você se sente perdido ou sem rumo em alguma área da vida? Tem procurado a direção que Deus oferece na Sua Palavra? Jesus não é apenas a luz que ilumina o caminho, Ele é o caminho também!

Jesus declara que Sua luz aponta para o pecado onde ele se encontra. Existe alguma coisa na sua vida que você tenta esconder de Deus e dos outros? O que impede a luz de Cristo entrar nestas áreas ocultas e escuras da sua vida?

MÃOS ESTENDIDAS

Vamos considerar estas duas ilustrações espirituais de Jesus de forma prática.

A água viva (o Espírito Santo) remete à provisão espiritual. Quem tem sede, venha e beba (creia em Cristo). Quem crer não só terá a sede saciada, mas fluirá para que outros também bebam desta água.

A luz do mundo (Jesus) remete à iluminação (entendimento) e à direção (evitar pecado, trilhar o caminho correto). Para os cegos espirituais, Jesus oferece uma solução: crer nEle. Quem crer trilhará na luz, e não nas trevas. Terá entendimento da perspectiva de Deus, e saberá aonde ir (e aonde não ir).

Ambas as ilustrações apontam para fontes infindáveis e infinitas presentes na vida do crente. Se não tivermos água e luz invadindo todas as áreas da vida, não é por causa de escassez na fonte de água ou luz; é porque algo está impedindo a passagem delas.

Considere estes três obstáculos em relação à sua vida:

Falta de conhecimento. Você tem um hábito diário de ler e estudar a Palavra de Deus? Pense em alguma área de escassez espiritual da sua vida. Você sabe o que a Bíblia ensina referente àquela área? Que passos práticos você pode tomar a partir de hoje para ter mais conhecimento da Palavra?

Falta de entendimento. Você lê a Bíblia, mas não entende o que diz, ou como se aplica à sua vida? Deus deu a igreja como um centro de edificação mútua; você está usando esse recurso? Você lê bons livros que explicam coerentemente a Palavra de Deus?

Falta de aplicação pessoal. Ler e compreender são apenas os primeiros passos; é necessário implementar aquilo que aprendemos. Você já “decidiu fazer a vontade de Deus” para ver que aquilo que Ele diz é verdade (Jo 7.17)? Já tomou a decisão de obedecer à risca a Palavra de Deus, para depois entender como Deus usará para o seu bem (Rm 8.28)?

MENTES OCUPADAS

Dia 1

João 8.12-30

Dia 2

Êxodo 13.1-22

Dia 3

Salmo 36.1-12

Dia 4

João 1.1-14

Dia 5

João 3.16-19

Dia 6

1 João 1.1-10

Dia 7

Apocalipse 22.1-21

Jesus e a Festa dos Tabernáculos (3): O Espírito, a Água Viva

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João 7.32-52

Ouvidos Atentos

Neste domingo continuamos a nossa minissérie sobre Jesus na festa dos tabernáculos, no capítulo 7 de João. Como já observamos, esta festa marca a transição para um período de conflito no ministério de Jesus, que resume-se bem na afirmação do v. 43: “o povo ficou dividido por causa de Jesus”. Mais e mais, veremos as facções se concretizando nas suas opiniões; os líderes religiosos (os “judeus”) cada vez mais agitados, procurando como prender e matar Jesus; a multidão indecisa e polarizada, com alguns querendo prendê-lO, e outros chegando à conclusão que Ele deve ser realmente o Cristo.

A mensagem deste domingo enfocou na tremenda afirmação de Jesus Cristo: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (vv. 37, 38). O Evangelista esclarece que Jesus estava falando sobre a vinda do Espírito Santo, que até aquele momento não tinha sido dado. Mesmo sem um contexto histórico, a afirmação de Jesus já é importante. Claramente, Ele não estava falando de água literal, e sim de uma realidade espiritual. Ele estava oferecendo uma solução permanente para sede espiritual de qualquer pessoa que cresse nEle. Mas se acrescentarmos o contexto histórico que seria evidente para os judeus daquele tempo, a afirmação toma proporções épicas. Eles lembrariam da história em Êxodo 17 (e Nm 20) onde Moisés tirou água da rocha no deserto. Eles também entenderiam dentro do contexto da própria festa dos tabernáculos. Era a maior festa judaica do ano, onde celebravam a bonança da colheita dentro da terra prometida enquanto viviam em barracas por sete dias para lembrar do tempo de escassez no deserto. Traziam água do tanque de Siloé até o altar com grande festejo, pedindo a Deus pela chuva, e lembrando da Sua provisão. Em meio a estes momentos de grande celebração, Jesus estava declarando que Ele possuía a água viva—o Espírito Santo—para saciar a sede daquele que nEle cresse. Ele estava fazendo ligação entre a provisão passada de Deus no deserto e o Seu ministério presente. Dentro deste contexto, as implicações messiânicas são inegáveis.

Corações Abertos

Para fazermos a aplicação espiritual desta mensagem, precisamos lembrar do sentido da festa dos tabernáculos como contexto da afirmação de Jesus. A festa servia para lembrar uma coisa central: que Deus é Aquele que sustém o Seu povo. Tanto nas privações e dificuldades dos quarenta anos no deserto, como na chegada final à terra prometida, com a fartura que ali havia, Deus cuidava do Seu povo. A festa celebrava estes momentos, e as muitas ofertas—sacrifícios de animais, ofertas de cereais e bebidas e holocaustos oferecidos pelos pecados—serviam como memorial da provisão de Deus não só pelas necessidades físicas, mas as espirituais também.

Quem tem sede espiritual? Como falamos no domingo, a sede espiritual é tão natural ao homem quanto a sede física. Nós somos adoradores, não tem como ser outra coisa; a questão não é se adoramos, mas a quem (ou o que) adoramos. A fé em Cristo deve saciar a nossa sede espiritual. É possível que nós ainda tenhamos sede em certas áreas da nossa vida? Isso é porque Cristo é insuficiente? Que podemos fazer para permitir que a água viva também sacie nestas áreas? Jesus convida: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (v. 37).

A promessa é que o Espírito Santo—a água viva—fluirá do nosso interior quando cremos. Você já visitou uma nascente? Você precisou encher algum reservatório ou tanque para que a água jorrasse daquele local? A promessa é que o Espírito Santo fluirá como água de uma fonte. Se há alguma escassez na nossa vida espiritual, podemos presumir que a falta não é da parte de Deus—Ele oferece uma nascente, uma fonte de água viva. Qual é a nossa responsabilidade diante deste dom gratuito e sem fim de Deus? Jesus iguala o “beber” com o “crer”: a resposta é a fé. O segredo de ter essa fonte jorrando para todas as áreas da vida é crer em Cristo e remover os empecilhos para que flua sem impedimento, transbordando para outras pessoas.

Mãos Estendidas

Nós do estado de São Paulo temos experiência recente com a escassez de água. Fato triste é que a grande seca dos últimos anos aconteceu numa região tão rica em recursos hídricos. Sim, houve uma falta de chuva; mas o que levou à situação tão crítica foram os abusos humanos e a falta de gerenciamento adequado dos recursos.

Podemos observar um paralelo espiritual. Cristãos do século XXI têm à disposição mais recursos e ferramentas para divulgação do Evangelho do que qualquer outra geração anterior. Temos a mesma fonte infindável do Espírito Santo, potencialmente jorrando de cada cristão. “Potencialmente” por quê? Porque embora a fonte esteja presente, nem todo cristão está transbordando esta fonte para que outros sejam alcançados. Para alguns, as barreiras são falsas doutrinas que levam a focos e comportamentos que impedem a ação saudável do Espírito. Para outros, o egoísmo leva a criar “barragens” que mantêm uma bela lagoa artificial para alguns, mas que não transborda para fora da sua “panelinha” espiritual. Estamos anos-luz à frente daqueles primeiros cristãos em termos de tecnologias para distribuição da água—comunicação instantânea e gratuita para quase qualquer parte do mundo, mídias que permitem a divulgação 24 horas por dia—mas em termos práticos, somos menos eficazes do que aquelas pessoas, perseguidas por sua fé, que usavam apenas o seu testemunho pessoal (palavra falada), ou até o seu testemunho final (o martírio), mas não deixavam de fluir a água viva.

O que está impedindo a água viva (Espírito Santo) de fluir para todas as áreas de sua vida? Que passos práticos você pode tomar para remover estes obstáculos?

O que está impedindo você de transbordar e jorrar esta água para as pessoas à sua volta? Que passos você pode tomar para reconhecer e remover os obstáculos para um testemunho mais eficaz para as pessoas da sua família, seu trabalho, sua escola, etc.?

Mentes Ocupadas

Dia 1

João 7.32-52

Dia 2

Levítico 23.34-36; 39-43

Dia 3

Números 29.12-40

Dia 4

Jeremias 2.9-13

Dia 5

Jeremias 17.5-13

Dia 6

Apocalipse 21.1-7

Dia 7

Apocalipse 22.1-21

Jesus e a Festa dos Tabernáculos (2): Decidindo Fazer a Vontade de Deus

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João 7.14-31

Ouvidos Atentos

Neste domingo continuamos estudando as atividades de Jesus durante a festa dos tabernáculos (Jo 7). Depois de negar-se a ir com os seus irmãos à festa, Jesus subiu em segredo para Jerusalém, e não se manifestou até que a festa estivesse em andamento por vários dias, pois sabia que os líderes religiosos procuravam prender e matá-lO. Na mensagem de domingo, vimos que Ele começou a ensinar no pátio do templo, coisa que muitos outros mestres e rabbis faziam naquela época. A reação dos “judeus” (liderança judaica) e da multidão nos mostra que Ele era muito diferente dos outros mestres, tanto no conteúdo da Sua mensagem como na Sua autoridade. É importante lembrar que Jesus tinha a aparência de um homem galileu comum; não havia nada para marcá-lO como sendo diferente, e certamente não como sendo Deus. Mas as Suas afirmações eram tão espetaculares que levou muitos a concluir que Ele só podia ser louco, endemoniado, mentiroso ou todas as respostas acima.

O interessante do texto que examinamos é que o Evangelista nem registra o conteúdo do ensino de Jesus (pois sabemos bem o que Jesus ensinava), mas relata a reação do povo, e as interações de Cristo com aqueles que estavam divididos a Seu respeito. Jesus respondeu com várias afirmações surpreendentes. Jesus questionou o sistema de educação do povo judeu. Eles questionavam a Sua autoridade por não ter sido educado formalmente. Ele atacou a sinceridade deles, pois o Seu ensino vinha de Deus, e eles não o reconheciam. Ele afirmou que se eles decidissem fazer a vontade de Deus, eles teriam confirmação que o ensino era de Deus Pai. Jesus questionou a sinceridade do povo judeu, pois eles afirmavam seguir a Moisés, mas julgavam pelas aparências, portanto queriam violar a lei (matando Jesus) porque não entendiam o Seu comportamento. Jesus por fim atacou o conhecimento dos judeus, afirmando que eles só conseguiam discernir o físico e o terreno (Ele é nazareno), mas o verdadeiro conhecimento é espiritual e procede de Deus Pai.

A reação até este ponto da festa foi de confusão. Os “judeus” procuravam prendê-lO, e o povo não sabia se decidir: Ele é o Cristo ou não?

Corações Abertos

Os princípios que Jesus ensinou tem aplicações espirituais muito práticas para o nosso dia a dia. Nós resumimos o estudo em três ideias ou conceitos gerais. Vamos ver como podemos considerá-los na nossa vida pessoal.

O ensinamento correto (a verdade verdadeira) é aquele que vem de Deus Pai.

Por que é importante entender isso? Isso afeta como entendemos a família? Isso afeta como entendemos o nosso trabalho? Ou a escolha de uma carreira? Que outras áreas devem ser informadas pela verdade que vem de Deus?

O julgamento correto (justo) é aquele que entende os valores de Deus Pai.

Você já esteve numa situação onde um julgamento precipitado ou baseado nas aparências levou a alguma confusão? Como podemos evitar estas situações?

Pv 18.13 diz, “Quem responde antes de ouvir, comete insensatez e passa vergonha”. Que princípio neste provérbio nos ajudará a evitar julgamentos precipitados?

O conhecimento correto é aquele que procede de Deus Pai.

A resposta de Cristo em relação à confusão do povo sobre Sua identidade (é o Cristo ou não?) foi esta: vocês precisam conhecer a Deus, e assim me conhecerão. O cristão é aquele que já decidiu que Jesus é o Cristo. Mas existe a possibilidade de vivermos com indecisão em certas áreas, o ateísmo funcional do qual falamos no estudo de Jonas. Como podemos evitar esta indecisão?

Mãos Estendidas

Nesta seção sempre tentamos pensar sobre alguns passos práticos para viver aquilo que aprendemos. Desta vez, o passo mais prático se encontra nas palavras de Jesus: “Se alguém decidir fazer a vontade de Deus, descobrirá se o meu ensino vem de Deus ou se falo por mim mesmo” (Jo 7.17). Ou seja, o primeiro passo da fé que tomamos é a decisão de fazer a vontade de Deus.

Na Salvação. A Bíblia diz claramente que a salvação é algo que Deus faz, e que a maneira que recebemos a Sua salvação é pela fé. Quando pessoas tentam ganhar ou manter a sua salvação pelas obras estão “decidindo fazer a vontade de Deus”? Estão fazendo a vontade de quem? (Ef 2.8, 9; Gl 3.1-6)

Na Caminhada Cristã. Há uma grande diferença entre saber o que a Bíblia diz e obedecer, de fato, a Deus. Muitos têm conhecimento do ensinamento bíblico, mas isso não significa que estão praticando os mandamentos e princípios bíblicos. Precisamos “decidir fazer a vontade de Deus”, e assim saberemos que os ensinamentos da Bíblia são verdadeiros.

Sabemos, por exemplo, que a vontade de Deus é que estudemos a Sua Palavra (Sl 1; 19; 119; 2 Tm 3.16, 17). Mas só iremos ler a Bíblia quando decidirmos fazer a Sua vontade e pegar a Bíblia e ler. Você já decidiu fazer a Sua vontade neste aspecto?

Sabemos que a vontade de Deus é a nossa santidade (1 Ts 4.3). Você já decidiu fazer a Sua vontade quanto à sua santidade?

Sabemos que a vontade de Deus é que façamos discípulos de Cristo (Mt 28.19, 20). Você já decidiu fazer a Sua vontade, falando de Cristo para outras pessoas; vivendo a sua fé de modo que pessoas perguntem a razão da sua fé (1 Pe 3.15)?

Você entende que há uma grande diferença entre saber a vontade de Deus e decidir fazer a Sua vontade? Ambos são necessários, mas o saber é inútil sem a decisão de fazer alguma coisa com o conhecimento (Tg 2.14-20).

Mentes Ocupadas

Dia 1

João 7.14-31

Dia 2

João 7.32-52

Dia 3

1 Tessalonicenses 4.1–8

Dia 4

1 Pedro 3.13–17

Dia 5

Tiago 2.14-20

Dia 6

Efésios 2.1-10

Dia 7

Gálatas 3.1-9

Jesus e a Festa dos Tabernáculos (1): A Submissão de Jesus à Agenda de Deus

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João 7.1-13

Ouvidos Atentos

Na mensagem de domingo voltamos à nossa série Podes Crer com a passagem de João 7.1-13, que serve de introdução para o período de conflito na vida de Jesus. Certamente Jesus já havia causado controvérsias até então no Seu ministério, mas deste ponto em diante, veremos que as facções estavam cada vez mais polarizadas, com o grupo de liderança judaica—que João chama “os judeus”—procurando meios de matá-lO.

Sabemos do texto que estava próxima a festa dos tabernáculos, e vimos uma interação de Jesus com o Seus irmãos em relação à Sua participação na festa. (Sabemos o nome de pelo menos quatro irmãos de Jesus, e o fato que Ele tinha irmãs também, do texto de Marcos 6.3.) Eram filhos de José e Maria, portanto meio-irmãos de Jesus. A princípio, parece que eles eram a favor de Jesus e o Seu ministério, e que estavam dando conselhos bons: “Vá para Judeia! Seja reconhecido!” Mas João esclarece que os seus conselhos procediam da sua incredulidade: “Pois nem os seus irmãos criam nele” (Jo 7.7). Eles estavam promovendo o sensacionalismo, o egocentrismo e o oportunismo ao sugerir que Jesus deveria procurar um “mercado” maior para os Seus milagres, para ganhar fama e tirar melhor vantagem dos Seus poderes.

A resposta de Jesus é semelhante à resposta que Ele deu à Maria no casamento em Caná (Jo 2.4)—não era a Sua hora, o Seu tempo. Ele estava seguindo a agenda de Deus, trabalhando até a hora da Sua morte na cruz. Ele não subiria à festa com os seus irmãos, adotando os propósitos deles. Mais tarde Ele subiu à festa, mas em segredo. Ele tinha, sim, planos de estar na festa, mas de acordo com a vontade de Deus a qual Ele se submetia.

Enquanto isso, na festa, “os judeus” estavam à procura dEle (para matá-lO), as multidões estavam indecisas: alguns achavam Ele um bom homem; outros que Ele era um enganador. Cada vez mais, as tensões causadas pelo ensinamento de Cristo montavam o cenário para uma grande crise, que culminaria na cruz.

Corações Abertos

Vamos aplicar as verdades que aprendemos  à nossa vida espiritual. A partir deste texto, nós observamos dois princípios que podemos aprender a respeito da atitude de Jesus quanto ao plano de Deus, e das várias atitudes das pessoas em relação à fé em Cristo.

Os propósitos de Deus exigem um plano de ação diferente do mundo.

Estamos livres para usar os recursos e as ferramentas do mundo, mas não podemos nos submeter às filosofias ateístas ou humanistas da sociedade.

Vimos o exemplo da internet como ferramenta durante a mensagem. Quais seriam outros exemplos de ferramentas ou recursos do mundo que podemos usar? Como podemos distinguir entre a ferramenta e a filosofia por trás dela? Discuta alguns exemplos de filosofias ateístas ou humanistas que precisamos reconhecer e evitar.

Falamos da dinâmica do RECEBER (aceitar aquilo que reflete claramente os valores de Deus na Bíblia), REJEITAR (abandonar completamente o que a Bíblia declara como pecado), ou REDIMIR (resgatar em Cristo coisas que são neutras, e que podem ser usadas para o reino). Discuta alguns exemplos práticos.

O plano de Deus exige uma decisão da nossa parte. Vimos quatro atitudes no texto de domingo.

Pessoas que criam que Jesus afirmava ser Deus, mas que O rejeitaram.

Pessoas que criam que Jesus afirmava ser Deus, mas que achavam que Ele estava mentindo.

Pessoas que criam em Jesus, mas apenas como sendo um bom homem.

Pessoas que criam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.

A fé verdadeira para salvação não é apenas acreditar que Deus existe ou que Jesus era uma pessoa histórica com uma boa mensagem; a verdadeira fé aceita a afirmação divina: Jesus é Deus-Filho, o Cristo. Você conhece pessoas que “acreditam” em Deus assim? Como você pode ajudá-los a entender a fé verdadeira?

Mãos Estendidas

Vamos fazer um exercício prático para aplicar ao nosso dia a dia as verdades que aprendemos.

Jesus se recusou a morrer em várias ocasiões (Jo 7.6; 8.20, 59), pois sabia que morreria, mas só na hora planejada por Deus. Também não permitiu que a multidão o coroasse rei (Jo 6.15), pois, no tempo certo, sabe que Deus fará todo joelho se dobrar diante do Rei dos Reis (Fp 2.9-11). Um ponto chave para o entendimento desta atitude de Jesus é que Ele se submetia perfeitamente à vontade e à agenda de Deus.

Poderíamos argumentar que não temos um conhecimento tão perfeito quanto o de Cristo sobre o plano de Deus. Sabemos, no entanto, que Ele “nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade” (2 Pe 1.3). Portanto, podemos concluir que temos o suficiente para conhecer a nossa parte no Seu plano, para crer nEle e o Seu propósito em Cristo e assim para obedecer à Sua vontade. Isso até quando não se enquadra com os nossos planos.

Em quais destas áreas devemos nos submeter em obediência à vontade de Deus revelada nas Escrituras? (Escreva sim ou não no espaço.)

 ____ nos nossos relacionamentos pessoais (família, amizades, namoros, etc.)

 ____ nos nossos relacionamentos profissionais (patrões, empregados, etc.)

 ____ na nossa escolha de carreira (e os estudos que levam a essa carreira)

 ____ nas nossas decisões financeiras

 ____ nas nossas escolhas de lazer ou entretenimento

Você colocou “não” em alguma área? Por que você acha que não deve se submeter à Deus nesta área? O que a Bíblia ensina sobre isso? Nas áreas que você escreveu “sim”: você conhece o ensinamento bíblico para essa área? Como saberá se submeter à vontade de Deus se não conhece a Sua vontade?

Mentes Ocupadas

Dia 1

João 7.1-13

Dia 2

Levítico 23.33-42

Dia 3

Rom 10.1–17

Dia 4

Filipenses 2.1–13

Dia 5

1 Coríntios 10.23–24

Dia 6

João 7.14-31

Dia 7

João 7.32-52