Clique aqui para visualizar o guia em PDF.
João 1.1-5
Ouvidos Atentos
Neste domingo continuamos a nova série, “Podes Crer”, na qual estudaremos o evangelho de João. Falamos um pouco sobre o que é um evangelho—um livro da Bíblia que relata momentos de Jesus Cristo e seu ministério aqui na terra. Ressaltamos que o evangelho de João se destaca dos outros evangelhos—Mateus, Marcos, e Lucas. Estes evangelhos se propõem a falar de Cristo de forma biográfica, mas João, como vimos na primeira mensagem, pretende falar somente dos aspectos da sua vida e ministério que apontam para Jesus como o Cristo, o Filho de Deus.
Observamos que a primeira divisão do livro de João é o prólogo (1:1-18). Desta introdução, estudamos apenas os primeiro cinco versículos: “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram.” (vv. 1-5, ACF).
João toma emprestada a palavra “verbo” (grego, logos), um termo muito conhecido da filosofia grega, para usar como ponte para falar de Jesus Cristo. Ele estava essencialmente apontando para o princípio racional e universal que governava a existência, e dizendo, “Sabe aquele logos do qual vocês falam? Eu vou explicar quem é”. Ele, porém, redefine o logos para que entendam, Ele é eterno (existia antes de tudo), pessoal (e não impessoal), Deus, Criador, vida (plena e divina), e luz (espiritual/intelectual). Este logos invadiu o nosso mundo escuro, mas as trevas não a compreenderam, nem conseguiram a dominar.
Corações Abertos
Vamos aplicar estas verdades à nossa vida espiritual:
Se olhássemos os primeiros cinco versículos de João sem o seu contexto, nem saberíamos que o logos é Jesus Cristo. Mas é justamente esse o argumento que João está construindo. Como estas verdades que João revela sobre Jesus Cristo afetam a nossa vida diária?
Jesus é eterno. O cristianismo moderno (e pós-moderno) tem tentado fazer Jesus mais pessoal e humano para nós nos relacionarmos com Ele. Mas precisamos lembrar que Ele também é um ser eterno, muito além de nós. Isso deve inspirar reverência, temor, conforto e segurança. Como isso se aplica ao nosso dia a dia?
Jesus é uma pessoa (não uma força impessoal). Diferente de muitas religiões ou filosofias, Jesus (Deus) não é uma força impessoal. Nossa personalidade foi feita à imagem da personalidade dEle. Como este conhecimento muda a sua perspectiva da vida em geral?
Jesus é Deus. Esta verdade é fundamental. Falamos semana passada, vale a pena repetir: ou Jesus é Deus, ou foi um grande mentiroso. Como o conhecimento que você serve o Deus todo-poderoso muda sua perspectiva do cotidiano?
Jesus é o Criador (necessário pela, e para, toda a criação). Como esta verdade contraria o que está sendo ensinado pela sociedade? Que responsabilidade temos, se Ele é o Criador?
Jesus é a vida plena e abundante que Deus oferece. Infelizmente, muitos cristãos tem um visão fraca da vida que Deus oferece. Você valoriza demais esta vida que logo acabará, ou valoriza a vida plena e eterna por vir (para aqueles que creem em Jesus)?
Jesus é a luz espiritual. Responda honestamente: que “luz” ilumina o seu caminho de vida? É a luz de Cristo, revelada por Deus? Ou é alguma luz artificial e feita pelo homem, que não tem nenhum valor eterno?
Mãos Estendidas
João recebeu revelação de Deus para falar de Jesus Cristo para os seus leitores. Sob a inspiração do Espírito Santo, ele usou a filosofia grega para construir uma ponte entre os conceitos conhecidos e discutidos entre os gregos e a Verdade absoluta de Deus. Além do logos, João estava apelando para conceitos fundamentais: o cosmos (ou mundo/universo), a physis (o mundo natural), a arqué (o elemento primordial), e causalidade (o que foi a causa inicial de tudo?). João também entendia o elemento fundamental da filosofia, o caráter crítico, que permitia alguém, como João, oferecer significado diferente para todos estes elementos. Você também pode construir pontes para ajudar pessoas a entenderem o evangelho.
Conheça bem o evangelho e a mensagem da Bíblia. Você sabe, em poucas palavras, falar a mensagem do evangelho? Poderia resumir o ensino bíblico como um todo, ou dar um esboço geral da história bíblica? Escreva num papel como você explicaria essas coisas, e corrija até que seja uma explicação sucinta, mas completa.
Conheça a pessoa (ou o grupo de pessoas) com quem você está lidando. Não precisamos ser uma enciclopédia de religiões e filosofias para evangelizar. Mas, se vamos alcançar pessoas, precisamos nos relacionar para entender o que acreditam, e aprender mais sobre suas crenças para declarar o evangelho numa linguagem que fará sentido. Quando falar com alguém de Cristo, pense: quais são os seus interesses? O que eles acreditam sobre Deus, Jesus, a espiritualidade, etc.?
Reconheça o que pode e o que não pode ser usado como ponte. Nem tudo é válido quando se trata de criar pontes. Existem muitos que querem ver o evangelho em tudo: nas histórias de Harry Potter, Jogos Vorazes, em música secular, etc. O evangelho está na Bíblia; a ponte é algo que faz a ligação, não é “descobrir” a verdade onde não está. Você está criando pontes, ou inventando coisa que distorce o verdadeiro evangelho?
Mentes Ocupadas
Nossa leitura bíblica desta semana:
Dia 1
João 1-3
Dia 2
João 4-6
Dia 3
João 7-9
Dia 4
João 10-12
Dia 5
João 13-15
Dia 6
João 16-18
Dia 7
João 19-21
